Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2011

Desenvolvimento Econômico, mas a que preço?

Imagem
Nós, do Estado do Rio de Janeiro, estávamos acostumados a ter uma vida de perfeita sintonia com a deslumbrante Natureza, que sempre emoldurou as principais paisagens fluminenses. Entretanto, essa união vem sendo ameaçada recentemente por empresas dos setores mais poluentes da indústria, como a siderúrgica e a petroquímica, que escolheram a região metropolitana do Estado para instalar seus complexos poluidores, contando com a benevolência dos nossos dirigentes e colocando em risco a fauna, a flora, e principalmente a saúde da população. Depois da chuva de poeira cinzenta sobre o bairro de Santa Cruz, causada pelo auto-forno da Companhia Siderúrgica do Atlântico, que o nosso blog denunciou aqui , agora é a vez do novo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ), instalado em Itaboraí, ameaçar a vida marinha e a nossa saúde com seus dejetos químicos venenosos. Onde estão as autoridades do meio-ambiente deste Estado? O novo secretário de meio-ambiente, o velho Carlos Minc, q

O novo Plano Nacional de Educação

Imagem
Em 2011 encerra-se o prazo de 10 anos do atual Plano Nacional de Educação (PNE-F), em vigor desde 2001, que deverá ser substituído pelo PNE-N, com novas metas, novas diretrizes que devem orientar os rumos da Educação no país pelos próximos 10 anos. O problema, é que o Plano Nacional de Educação que chega agora ao fim, teve muitas determinações não cumpridas pelos responsáveis. Por que deveríamos acreditar que o novo PNE será cumprido?   O novo Plano Nacional de Educação nasceu fruto de debates ocorridos na Conferência Nacional de Educação (CONAE) realizado no final de março e começo de abril do ano passado, em Brasília, com dirigentes como o Ministro da Educação Fernando Haddad (foto). Mas enquanto se discutia o novo Plano, deixou-se de se salientar que o antigo PNE deixou de ser cumprido por uma série de fatores. O primeiro deles foi o veto do então presidente Fernando Henrique Cardoso (logo ele, um professor de Sociologia) à cota de 7% do PIB para a Educação. Sem verbas suficien

A prática do “breast ironing” na África

Imagem
Hoje eu quero levantar uma questão muito importante. Neste começo de Terceiro Milênio,  a sociedade  e a civilização ocidental relegam a segundo plano explicações científicas – portanto, universais – sobre culturas diferentes das nossas, impossibilitando-nos de fazer qualquer julgamento sobre o que é certo ou errado. Apenas devemos respeitar culturas alheias, pois senão estaríamos impondo nossa “visão de mundo”.  É por conta deste relativismo exacerbado que deveríamos fechar os olhos contra crimes e violações dos direitos humanos no resto do mundo, cometidos em nome da “cultura”. Geralmente, as mulheres são as grandes vítimas deste tipo de postura.  É muito conhecida a repressão contra a mulher nos países islâmicos, bem como a mutilação sexual de jovens africanas. Mas uma outra prática, menos conhecida, é o “breast ironing” que consiste em desestimular por meio de uso de pedras ou outros objetos em brasa, o desenvolvimento dos seios nas meninas. É este tipo de prática aceitável? D

Dilma ou Marcela Temer: qual o melhor exemplo para as mulheres?

Imagem
Marcela Temer, a mulher do Vice Todos estamos de acordo que a chegada ao poder de uma mulher foi um fato altamente significativo e simbólico, que serve como exemplo para todas as mulheres do Brasil, e com um recado implícito: através da luta e do trabalho, elas podem chegar ao cargo máximo do país. Apesar dessa mensagem, que deveria ser incentivada, as mídias do país decidiram dar um passo atrás na luta das mulheres por dignidade e valorização: preferiram focar uma jovem ex-modelo de 27 anos que subiu na vida porque casou com um político 43 anos mais velho. Tudo bem que tuiteiros tenham transformado isso no assunto do momento, mas grandes órgãos de imprensa deveriam ter mais profissionalismo e mais o que fazer do que colocar manchetes em suas primeiras páginas com títulos como esse do jornal O Dia de hoje: “Aprenda a fazer trança como a da Sra. Temer”. Estamos vivendo uma época de conquistas das mulheres, cada vez mais elas vão encontrando seu espaço em todos os setores da sociedade,

Mau desempenho de alunos brasileiros é entrave para o crescimento do país

Imagem
Sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação de Estudantes O Brasil, ao longo dos últimos anos, vem se consolidando como um país promissor, com uma Economia robusta e possibilidade de geração de muitas oportunidades. Mas seu crescimento se vê ameaçado por falta de investimento em um setor crucial: Educação. Isso compromete a disponibilidade de mão-de-obra qualificada para áreas importantes, o que pode emperrar nosso desenvolvimento. Desempenho de alunos brasileiros em testes comparativos com estudantes do mundo mostra que a situação é grave. Apesar de o país estar caminhando no setor, a lentidão do processo compromete o futuro. No final do ano passado, saiu o resultado do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) mostrando que os estudantes brasileiros ficaram muito longe das melhores posições. No quesito leitura, por exemplo, dentre 65 países avaliados, o Brasil ficou em 53º lugar. Em ciências, os alunos brasileiros alcançaram 405 pontos; em mat

O desafio da Educação passa pelo estímulo à leitura

Imagem
Atualizado em 9 de maio de 2015 A indústria editorial no Brasil chegou ao final do século XX como a maior da América Latina . Mas, apesar de ser também a oitava do mundo em números absolutos de vendas, está longe de outros países em termos de proporção . A França, por exemplo, consome uma média de seis livros per capita por ano , enquanto que o Brasil, apenas dois. O que se poderia fazer para transformar o Brasil num país de leitores? O problema neste setor é basicamente o mesmo do que em quase todas as outras áreas: a desigualdade . Enquanto alguns segmentos da sociedade consomem livros numa média europeia, uma grande maioria fica apartada desta valiosa ferramenta de formação, educação e crescimento pessoal. Em 2004 o Governo Lula tentou dar uma solução a este problema, ao desonerar a indústria editorial, cortando alguns impostos como o PIS e o Cofins. Em troca, estas empresas contribuiriam com 1% sobre o valor das vendas, para a criação de um fundo de estímulo à leitura . Em 2009

Gostou do blog e quer ajudar?