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Mostrando postagens de março, 2012

Que tipo de Ordem? Para o Progresso de quem?

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São perguntas que deveríamos fazer para compreender os nossos problemas. Também perguntar como estas duas ideias foram parar na nossa bandeira, porque, saibamos ou não, elas tem um peso enorme naquilo que diz respeito a tudo que nos caracteriza como sociedade brasileira hoje, com todas as injustiças e desigualdades que representam. Ordem e Progresso é o lema do positivismo, escola de pensamento fundada pelo francês Auguste Comte (imagem ao lado) no século XIX. Desde sua origem, teve como característica a essência aristocrática, intelectual e elitista, que tanto caiu no gosto das nossas classes dominantes desde o Império. Haviam três correntes republicanas então. Duas delas — liberal-federalista e jacobina — admitiam uma maior participação política do povo. A outra — positivista — era a única que não previa nenhum papel ativo para a população na República. Em 1889, com o golpe que derrubou a Monarquia, prevaleceu a tendência elitista. Os políticos positivistas brasile

Por que precisamos de uma Lei da Palmada

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É bastante sintomático o fato da maioria dos parlamentares que se opõem à chamada Lei da Palmada fazerem parte das alas mais conservadoras do Congresso. Jair Bolsonaro e a bancada religiosa são representantes de uma tradição arcaica no Brasil e veem com grandes reservas a lei que proíbe os pais de baterem nos filhos. Mas isso não pode ser mais tolerado em nossa sociedade É fato que, no Brasil, o peso da tradição cultural de certas práticas faz com que demoremos a nos adaptar a novos tempos. É por isso que ainda temos tanto preconceito, tanto machismo entre nós, tanta violência contra a criança e contra a mulher. É por isso também que certos comportamentos, que em outros países seriam naturalmente descartados em favor de outros mais condizentes com nova realidade, aqui precisam de leis para serem postos em prática. Será que alguém precisa de lei para saber que usar cinto de segurança salva vidas? Será que precisamos de multa para saber que não podemos beber e dirigir? Será que

Um pé que dói na bunda errada

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Era só o que estava faltando. Depois de nos impor uma série de medidas que passam por cima inclusive da nossa constituição, o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke (imagem), andou pegando pesado nas suas declarações sobre o país. De fato, a grande maioria de nossos representantes merece “ um pé na bunda ” não para acordar da lerdeza, mas para serem jogados longe da política nacional. Apesar disso, não dá mesmo para aceitar o comentário desrespeitoso desse cidadão da Fifa ao Brasil, dentre tantos outros absurdos cometidos pelas nossas próprias autoridades das quais já somos vítimas. Nas mesas de cassino, nos nobres salões em que ele deve se reunir com os amigos para tomar uísque e fumar charutos relaxadamente, tudo bem que ele fale assim do país, mas não pode publicamente dizer uma merda dessas e achar que está tudo bem. Não vou chegar ao ponto de levantar antigos ressentimentos que remetem à tradicional postura arrogante dos colonialistas europeus quando isso daqui era

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