Marina Silva não é “terceira via”
Eduardo Campos era considerado por analistas políticos o candidato a presidente da “Terceira Via”. Com o seu recentemente falecimento num trágico acidente aéreo, ainda se discute quem assumirá o seu lugar na chapa, mas enquanto alguns analistas apontam o fim da “Terceira Via” nas eleições de outubro, outro consideram a sua vice, Marina Silva, como herdeira natural desta corrente. Mas o que exatamente representa esta suposta terceira via na política nacional? Ou quais são as outras duas vias? (se é que elas são mesmo duas).
A Terceira Via
A “Terceira Via” nasceu como uma corrente reformista da social-democracia que visava conciliar dois paradigmas que rivalizaram durante grande parte do século XX: o liberalismo (Primeira Via) e o comunismo (Segunda Via). Políticos como Tony Blair, Bill Clinton e Fernando Henrique Cardoso representaram, mais tarde, a aliança da Terceira Via com as propostas neoliberais, assim que chegaram ao poder em seus respectivos países, influenciando outros governos com a ajuda de instituições econômicas como o FMI e o Banco Mundial, que passaram a condicionar seus empréstimos financeiros de acordo com a aplicação desse modelo político-econômico, especialmente a partir dos anos 80.
Basicamente, a Terceira Via seria a síntese das propostas da esquerda e da direita, ao se apresentar como representante de uma política econômica conservadora associada a uma política social progressista.
Marina, a Terceira Via?
Na atual corrida eleitoral brasileira, vem-se tentando emplacar a ideia de que Marina Silva seria uma representante dessa vertente. A própria candidata ajuda a alimentar a ideia, ao dizer que não é “nem de esquerda, nem de direita”. Muitos analistas parecem ter aderido a esta alegação, e usam o termo “terceira via” de modo um tanto arbitrário para definir a linha política da candidata. Uma rápida pesquisa na internet mostra que jornalistas importantes como José Roberto de Toledo, Zuenir Ventura, Elio Gaspari e Merval Pereira, entre outros, consideravam Eduardo Campos e Marina Silva representantes de uma terceira via, em oposição à polarização entre um PT supostamente socialista de mais e um PSDB neoliberal de mais nessas últimas eleições.
Mas a verdade é que isso é pura fantasia. No máximo, a Marina pode ser apenas uma "terceira opção" à falsa polarização entre PT e PSDB, não uma outra "via". Na verdade, as três principais candidaturas a presidência representam rigorosamente a mesma via, a via do capital maquiado de social – exatamente como se propõe a ser a Terceira Via. Não existe nem uma segunda via entre Aécio, Dilma e provavelmente Marina, quanto mais uma terceira. Marina Silva não representa, então, uma terceira via, e sim uma terceira opção de uma mesma via – Talvez ainda mais conservadora que as outras duas.
O FORO DE SAO PAULO ESTA DENTRE TODO O ACONTECIDO, E O ACONTECENDO QUE EM BREVE ESTARA DOMINANDO ESTA PATRIA DE ANALFAB ETOS, QUE NAO FAZEM NADA PARA SE MOSTRAREM APTOS PARA UM VOTO DO QUAL, O BRASIL PRECISA PARA SUA LIBERTAÇAO, QUE SERIA COM DENISE ABREU PARA PRESIDENTE ,DEIXANDO TODO O MAL FICAR PARA TRAZ PARA O ESQUECIMENTO ,E REALMENTE NAO VEJO NINGUEM QUERER MUDAR COISA ALGUMA, DE SUAS VIDAS DE MISERIA E ESCRAVIDAO DE BOLSAS TUDO.
ResponderExcluirTambém tenho essa ideia de que o termo Estados Unidos se refere ao fato de o país ser uma federação e América ser o nome do país. Nada impede que um país tenha o mesmo nome que um continente, assim como uma cidade pode ter o nome do país ou estado que pertença, dependendo das leis de cada um.
ResponderExcluirA ONU se refere aos nascidos nos EUA como "Americans".
Esse gentílico utilizado para os natos dos EUA pode denotar que o país é mais importante que os demais, mas pelo próprio nome do país não acredito que possa ser considerado errado chamá-los de "americanos" nesse sentido.
Olá Danilo,
ResponderExcluirPela sua afirmação, o nome "América" dos Estados Unidos da América seria relativo a um nome próprio do país, e não uma menção ao continente em que o país está inserido. Mas eu tenho sérias dúvidas sobre isso.
Grande abraço.
Eu não tenho certeza, mas é a impressão que tenho. Seria como se tivessem dado o nome do nosso continente de Colômbia em homenagem a Colombo ao invés de Américo Vespúcio. Todos nós seríamos colombianos e os moradores do país Colômbia o que seriam?
ResponderExcluirEsse raciocínio é baseado no caso do nome d país ser América mesmo, já que interpreto Estados Unidos, apenas como o fato de os estados que compõem o país estarem unidos em uma federação, como quando o Brasil se chamou Estados Unidos do Brasil no início da república.