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Mostrando postagens de janeiro, 2016

Capitalismo x socialismo, uma comparação problemática. Entenda.

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“ Há algum regime comunista- socialista em que haja uma democracia plena, com ordem e progresso? Há algum regime comunista-socialista em que o seu povo viva bem social- democraticamente e financeiramente? ” Essas são perguntas recorrentes, com algumas variações, feitas por simpatizantes/beneficiários (reais ou imaginários) do sistema capitalista-liberal em contraposição àquilo que eles imaginam ser o comunismo/socialismo na prática. Eu entendo que as façam. Nós, do Ocidente, estamos acostumados a ter como ideia de mundo, desde que nascemos, um capitalismo maravilhoso, justo e meritocrático, enquando “do lado de lá” só há totalitarismo, sofrimento e miséria. Mas existem duas questões importantes, no mínimo, que deixam a comparação um tanto problemática. Geralmente se levanta a questão do bem estar nas sociedades capitalistas. Bem, primeiro, lembremos como eram os países capitalistas na Europa no século XIX, quando o capitalismo se consolidou de vez: trabalhadores esgotados, trabalhando

Cerveja brasileira: quem define o nosso paladar?

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Eis um aparente dilema: é o consumidor que define o que a indústria fornece ao consumo, ou nossos gostos são induzidos e por isso consumimos tal ou qual produto disponível? Uma pista para entendermos como isso funciona está na história. Pra isso vamos lembrar do homem que praticamente inventou o consumismo. O famoso pai da psicanálise, Sigmund Freud, tinha um sobrinho chamado Edward Bernays . Se o tio consagrado usou a psicologia para entender e ajudar os homens de sua época, o sobrinho usou-a para o “mal”: seduzir as pessoas para o consumo. Na década de 20, não era comum ver mulheres fumando. Cigarro era coisa de homem. De olho nessa importante fatia do mercado, a indústria do tabaco contratou Bernays para fazer com que as mulheres passassem a fumar, como um tipo de “desafio ao poder” masculino, símbolo da liberdade da mulher. A propaganda foi um sucesso. E então chegamos na nossa cerveja. Tem sido cada vez mais divulgado que a nossa cerveja brasileira não é bem uma cerveja. Cerveja d

“Haters” e “Trolls” saíram da internet para a vida real no Brasil

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Já é bastante conhecido o fenômeno mundial de pessoas que usam os espaços destinados a comentários em sites e blogs da internet para destilar ódio e preconceito (os chamados haters em inglês, de hate = ódio) e provocações para irritar as pessoas por puro divertimento pessoal (os trolls ). Antes restritos aos impessoais e anônimos espaços virtuais da rede mundial de computadores, esse fenômeno parece ter chegado na vida real. Na verdade, o correto seria dizer que a internet apenas ajudou a colocar pra fora aquilo que já estava lá, na sociedade, de forma oculta, dissimulada, (às vezes nem tanto) coisas como a homofobia, o racismo, o preconceito de religioso para religioso de outra vertente, o ódio de classe refletido no ódio ao PT (esse, então, um fenômeno curioso, porque atinge até quem é da classe trabalhadora e pensa com a cabeça da classe média). A internet é violenta porque somos um país violento, de base patriarcal, autoritária, militarista. A violência está no nosso cotidiano

Um ótimo ano novo a todos!

2016 chegou e, com ele, vieram algumas reformulações no nosso Panorâmica Social . O conteúdo crítico que o leitor se acostumou a ver aqui continua o mesmo. Mas agora com mais frequência de postagens, domínio próprio e layout renovado. Tudo para começar o ano de forma promissora, transmitindo mais credibilidade e precisão nas nossas informações. O autor deste blog deseja a todos os amigos e leitores um ano novo de muito sucesso e saúde, e que continuem prestigiando com sua presença este cantinho feito exatamente para vocês! Um grande abraço, Almir Albuquerque

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