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Mostrando postagens de 2013

O capitalismo perfumado brasileiro

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Existe uma reflexão que, volta e meia, aparece nos muros das cidades ou em recentes postagens nas redes sociais: “ Reformar o capitalismo é como perfumar merda ”. Obviamente, quem pensa assim não espera que as urnas ou a pressão popular nas ruas seja capaz de conseguir algo muito relevante em termos de conquistas sociais, e acha que o povo brasileiro se encontra totalmente maduro e preparado para discutir a substituição do sistema capitalista em nome de outro, mais justo e menos desigual. Não é o meu caso. Eu acredito que, tal como nos ensinou Lênin, devemos ter capacidade de agir de acordo com a conjuntura histórica do momento, e a conjuntura atual no Brasil não indica que o brasileiro médio esteja pronto para apoiar uma grande mudança de paradigma . Muito pelo contrário. No entanto, as manifestações de junho de 2013 mostraram que a população no país está disposta a, pelo menos, reivindicar melhorias , direitos , reformas , que pretendam deixar o capitalismo com um cheiro bem mais

No Judiciário, de pai para filho

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Não faz muito tempo eu publiquei AQUI uma postagem que fazia referência a um fato muito corriqueiro na política nacional: o bastão do poder político que vai passando de mão em mão, de pai para filho, contrariando a ideia liberal do mérito e colocando em prática o privilégio que os burgueses tanto combateram nas suas revoluções. No Judiciário a coisa não é muito diferente. Ontem se deu o julgamento de Portuguesa e Flamengo no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que culminou com a perda de pontos do Flamengo, a queda da Portuguesa e o resgate do Fluminense do rebaixamento, que, assim, disputará a série A em 2014. Mas, deixando de lado o resultado controverso do tapetão, que foi uma imoralidade contra a decência do desporto, o que chamou a minha atenção foram os sobrenomes de alguns dos membros deste julgamento. A comissão foi presidida por Paulo Valed Perry Filho, cujo pai, de mesmo nome, atuou durante décadas na justiça desportiva. Aliás, hoje o blog do Juca Kfouri tr

A presença da polícia nos estádios

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O lamentável episódio de violência proporcionado pelas torcidas de Atlético-PR e Vasco da Gama possui uma questão bastante implícita, que, porém, não foi muito bem explorada pela imprensa. Aparentemente, a Polícia Militar de Santa Catarina – local da partida – deixou a segurança do evento por conta do mandante do jogo, o Atlético, que, por sua vez, contratou seguranças particulares para darem conta dos torcedores. Esses agentes, porém, se omitiram olimpicamente de coibir e apartar os torcedores que ali se digladiavam, talvez por falta de preparo para tamanha tarefa. Até aí tudo bem. Mas logo, a opinião pública , a presidente Dilma e muitos setores da sociedade chegaram à mesma “lógica” conclusão: não podemos prescindir de batalhão de choque dentro de estádios de futebol. Por que isso? Ora, para um país que se considera maduro o suficiente para discutir a desmilitarização das suas polícias – e consequentemente da sociedade como um todo – esse clamor nos coloca 10 passos atrás ne

Geração de empregos justifica tudo?

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Conta-se que, antigamente, no sul dos Estados Unidos, os prisioneiros em fuga deixavam pra trás arenques defumados para despistar o faro dos cães da polícia. Esses episódios acabaram dando nome a um artifício da retórica, um paralogismo que leva alguém a desviar de forma premeditada nossa atenção do assunto principal. Os teóricos e economistas do mainstream capitalista bolaram um arenque defumado perfeito para evitar que seus interesses sejam prejudicados pelas suas más ações. Trata-se do seguinte: obviamente, ninguém pode ser a favor de demissões em massa e do desemprego, certo? Mutatis mutandis , qualquer coisa se seja nociva, danosa, custosa ou desagradável causada pelas indústrias capitalistas (mas que seja, por isso mesmo, bastante lucrativa ) pode ser justificada desde que gere muitos empregos. É infalível. Poluição em troca de empregos Três anos atrás, a empresa alemã ThyssenKrupp, obedecendo nova legislação na Alemanha – que basicamente dizia: “ pegue sua indústria poluid

A miséria da análise política de Lobão

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Graças aos benefícios da internet, eu pude assistir hoje a entrevista do Lobão no Roda Viva de ontem. O cantor e escritor tem sido premiado com destaque na mídia política nacional recentemente (comumente conhecida como PIG ) não por conta de seu talento musical, sua enorme capacidade de análise política (bem menor que o talento musical) ou alguma grande obra literária – seus dois recentes livros não chamam nenhuma atenção, apesar de recheados de polêmicas. Lobão consegue seu atual reconhecimento na imprensa por conta de sua persistente verborragia neoconservadora , reacionária e odiosa , tão ao gosto dos barões oligarcas da grande imprensa. Tudo isso num discurso enfeitado e com um verniz de intelectualidade que encobre um caminhão de palavras desconexas, arbitrárias e sem base factual. A entrevista de ontem expôs seus fãs políticos (aqueles que concordam com seus pontos de vista) ao ridículo, pela total falta de responsabilidade e coerência. Eu, por exemplo, acho totalmente lamentá

Eleições em Honduras e o sistema eleitoral liberal

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  Neste último domingo aconteceram eleições presidenciais em Honduras, e não obstante todas as pesquisas apontarem Xiomara Castro , do partido Libre, como vitoriosa no pleito, as autoridades já anunciam o candidato conservador da situação, Juan Hernández, como novo presidente do país, depois de 68 por cento dos votos apurados. Não por acaso, começaram a surgir diversas denúncias de fraudes e irregularidades vindas dos partidos de oposição ao governo conservador hondurenho, o qual pertence o candidato apontado como vencedor. Manuel Zelaya, ex-presidente hondurenho deposto com um golpe de Estado pelas forças reacionárias hondurenhas em 2009 e marido de Xiomara, já anunciou que seu partido não vai aceitar o resultado, e nisso conta com o apoio de outro candidato, do partido Anticorrupção (PAC), Salvador Asralla. Apesar das graves denúncias e dos fortes indícios que levam a crer que a apuração dos votos nas eleições hondurenhas ocorreram de forma suspeita, os Estados Unidos trataram

Concessões e privatizações

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Sabemos que uma das estratégias do PT para enfrentar a mídia tradicional é o recrutamento de dezenas de blogueiros militantes, sejam eles renomados jornalistas ou internautas anônimos sob alguma página política, que atuam na internet como um pelotão de defesa das medidas governamentais. O problema é que, às vezes, eles exageram e perdem a razão. A última campanha desses grupos na internet tem sido comemorar a concessão dos aeroportos, e para isso, têm usado como parâmetro de comparação a privatização da Vale do Rio Doce. Bom, essa prática é bem antiga, e é o que vem justificando as políticas bem modestas do governo petista nos últimos 10 anos: trata-se de fazer o mínimo para ser apenas menos pior que o PSDB no governo. Numa escala de 0 a 10 onde 0 é totalmente neoliberal e 10 é totalmente social, se os tucanos são 2, os petistas acham que ser 4 está de bom tamanho. A concessão dos aeroportos Uma dessas páginas de tendência pró-governo chama-se Política no Face . Um grupo de intern

Mensalão e a Justiça seletiva

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Enfim, alguns dos condenados da Ação Penal 470, alcunhada pela imprensa como “caso do mensalão”, começam a cumprir penas. Dentre eles, figuras de alta patente como José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoino e Marcos Valério. Apesar da festa dos órgãos da imprensa comercial, que saboreiam indisfarçavelmente o prazer pelo desfecho do caso – e também daqueles setores das classes médias levadas de roldão pela onda reacionária que as mídias sempre promovem – a sensação por aí não é a de que finalmente o Brasil deu cabo de sua longa tradição de impunidade contra crimes praticados por políticos. Não se percebe otimismo, muito menos esperança de que, a partir de agora, os políticos que coloquem suas barbas de molho, porque a Justiça brasileira acordou. Não é disso que se trata. A sensação é de que a Justiça, composta por magistrados, que por sua vez compõem uma determinada classe social elevada, também atuam politicamente. Junto com a imprensa – outro setor que no Brasil se acostumou a atuar

Continente africano: 500 anos vítima da exploração capitalista

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É bastante comum, em sociedades como a nossa, onde não se têm o hábito de exercer o saudável senso crítico, olharmos para um determinado fenômeno sem sermos capazes de identificar precisamente as suas causas verdadeiras. E esse vácuo de conhecimento é sempre preenchido com ideias deturpadas, pelo senso comum, pela desinformação, pela enganação e pela propaganda. E assim, preconceitos e clichês acabam se tornando verdades incontestáveis apenas pela repetição, como sabia muito bem o ministro da propaganda nazista.   Uma das regiões onde o desconhecimento absoluto sobre sua história só é superado pelos preconceitos absurdos que gera é o continente africano. Nesse mês da Consciência Negra, acho que seria uma boa ideia trazer alguns fatos que explicam um pouco do porquê a África permanecer durante tanto tempo com tantas dificuldades. Afinal a consciência começa com conhecimento. Certamente aqui não vamos ver as teses conservadoras disseminadas por aí de que o negro é incapaz de produzir u

Documentos comprovam sabotagem contra governo venezuelano

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Ao longo da turbulenta história do capitalismo, duas situações constantes vem acontecendo sistematicamente nos países periféricos: o aumento colossal do fosso da desigualdade econômica e social por um lado, e por outro a reação das classes favorecidas, com apoio dos países centrais, contra qualquer tipo de ameaça ao modelo. Para isso, não se furtam a lançar mão dos meios mais sórdidos, cruéis, assassinos e covardes de que possam dispor para alcançar seus objetivos. Um longo histórico de golpes e sabotagens Um dos meios mais comuns de salvaguardar os interesses capitalistas é a associação dos serviços secretos dos países mais avançados com os pequenos setores das burguesias locais nos países periféricos, dispostos a contar com o financiamento estrangeiro, apoio logístico e até fornecimento de armas para golpes, sabotagens, campanhas difamatórias e desestabilização de governos que por ventura ameacem os lucros das grandes corporações capitalistas internacionais associadas com estas cla

Portugal, crise do capitalismo e desigualdade social

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As pessoas mais atentas devem se perguntar a respeito da economia mundial em que estão inseridas: como um sistema – o capitalista – que desde a década de 70 do século XIX apresenta crises cada vez mais frequentes e devastadoras é capaz de se manter, mesmo provocando cada vez mais rejeição na população? Certamente porque nem todos sofrem seus efeitos de forma idêntica. Enquanto está tudo bem na economia, os barões do capitalismo usufruem de liberdade para praticar as suas jogatinas especulativas, inchando de modo artificial as suas riquezas. Os trabalhadores podem, por outro lado, desfrutar de alguma estabilidade. Mas eis que um dia a brincadeira dá errado, e as fortunas começam a desmoronar como um castelo de cartas, assim como os empregos começam a faltar. Quem paga a conta dessa irresponsabilidade temerária? Os trabalhadores, é claro. Enquanto a população trabalhadora carrega nos ombros o peso dos estragos que meia-dúzia de especuladores provocaram, os barões do capitalismo conseg

O rei do camarote e os números da violência

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  Essa semana, dois fatos aparentemente isolados foram noticiados nas mídias brasileiras. Primeiro, em reportagem da revista Veja de São Paulo, conhecemos a vida fútil e ostentatória de um playboy paulistano conhecido como “Rei dos Camarotes”, ao mesmo tempo que tomamos ciência de números estarrecedores sobre a violência no nosso país. Para onde quer que se olhe, há estatísticas e mais estatísticas sobre o crescimento de diversas modalidades de atos violentos, neste que é paradoxalmente conhecido como o país da festa e da alegria – pelo menos para as elites ignorantes que vivem no luxo supérfluo. Quase 50 mil homicídios em um ano De acordo com dados publicados recentemente, 47.136 pessoas foram vítimas de homicídio doloso (quando há a intenção de matar) em 2012, um número exorbitante que excede todas as medidas de uma nação democrática e sem guerras. Isso dá uma média de 129 assassinatos por dia, salvo algum erro matemático de minha parte, o que não seria inesperado. O dobro de es

A classe média e o medo do povo

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Em 1848, a Europa foi sacudida por uma série de revoluções populares que se alastraram como fogo e que entraram para a história como a Primavera dos Povos . Porém, tão rápida quanto se espalharam, também foram derrotadas pela reação conservadora, com a ajuda de uma aliada inesperada que fez  a diferença na balança. Em menos de 3 anos, praticamente todos os regimes monárquicos derrubados foram restaurados no continente. Por que isso aconteceu? Uma das causas principais daquele fracasso, conforme veremos, pode nos ajudar a entender um pouco melhor dos protestos que estamos vivendo atualmente em nosso país, guardadas as devidas proporções, é lógico, que clamam, senão por uma revolução, ao menos por reformas na sociedade e na política. Principalmente o comportamento reacionário das classes médias brasileiras com relação aos conflitos sociais e a greves dos trabalhadores que buscam melhorar as condições de vida de si próprios e do país inteiro. Populares nas ruas, a classe média em casa

Partidos Políticos, Dilma e o Leilão do Pré-Sal

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  “Enquanto no resto do mundo os países exportadores de petróleo ficam com 80% do óleo-lucro - uma média de 72% do óleo produzido -, o governo brasileiro fixou para o leilão de Libra o pagamento mínimo de 41,65% à União” Fernando Siqueira Dizem que o brasileiro não sabe votar. Que ele vota sempre nos piores políticos por falta de conhecimento e de interesse, e que o resultado é esse que vemos em todas as eleições: cada político pior do que o outro eleito em todas as eleições. Não estou aqui para negar que haja realmente uma grande parcela de pessoas que simplesmente aperta os botões da urna eletrônica por obrigação ou até por interesses egoístas – troca de favores com políticos da região como óculos novos, uma vaga para um parente num hospital, e etc. – mas as pessoas esquecem o outro lado dessa moeda: a mentira que se tornou a campanha eleitoral e alguns partidos políticos que prometem e não cumprem. Ou pior: fazem completamente ao contrário do que prometeram. Antes da eleição,

Política burguesa: um negócio de família

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Durante muitos séculos, prevaleceu no mundo político o costume da hereditariedade no poder . O monarca governante transmitia automaticamente, sob as bênçãos da autoridade religiosa, o poder para seus próprios descendentes – geralmente o filho primogênito. O monopólio do exercício político ficava assim assegurado durante várias gerações para sua família. Os burgueses revolucionaram a política no século XVIII ao romper com os costumes e as tradições do mundo feudal, e dentre as instituições que foram criticadas e combatidas estava a da hereditariedade no poder. A partir de então, o poder não mais emanava da vontade de deus e de alguns poucos escolhidos, mas do próprio povo. Através das eleições, o povo, teoricamente, elegeria alguém de seu próprio meio para governar em seu nome. E assim se colocaria fim na transmissão de poder dentro das mesmas famílias, favorecendo a competência individual. Colocaria? Como muitas das bandeiras burguesas – igualdade, justiça, etc. – esta também só fico

Nossa internet é tão ruim que o governo quer investir no setor

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Internet é só um mero negócio de venda de serviço privado ou também faz parte de uma estratégia nacional de desenvolvimento? A resposta a esta pergunta é determinante para que o governo tome ou não uma medida futura sobre o modelo de banda larga que é fornecido no Brasil. A falta de investimentos das empresas de internet privadas no país e a consequente queda de qualidade fizeram com que os parlamentares brasileiros discutissem a possibilidade da Lei Geral de Telecomunicações ( Lei 9472/1997 ) ser alterada para permitir investimentos públicos diretos. Atualmente o setor é exclusivamente operado por empresas privadas, e acredito que não haja muita gente satisfeita com ele. (Responda à enquete ao lado). O Brasil tem realmente ficado pra trás em comparação até com países em situação econômica mais desfavorável. As promessas dos privatistas tucanos em 1998 eram de revolucionar a telefonia e a internet no país com as privatizações, mas passados 15 anos desde as entregas operadas pelo gove

Passando a limpo a Polícia Militar do Rio de Janeiro (parte 2): as principais mazelas da instituição

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  Não é tarefa fácil destacar apenas três dos inúmeros problemas que assolam as polícias militares do país, em especial a do Estado do Rio de Janeiro. Mas creio que é possível ter uma ideia da gravidade das mazelas que assolam essa instituição se focarmos nas denúncias mais comuns recebidas pelas Ouvidorias de Polícia do Rio: violência policial, abuso de poder e corrupção. Torturas Desde junho, a sociedade brasileira tem sido apresentada a uma faceta policial altamente violenta e repressora que ela só via pela TV, mas que as populações das comunidades carentes já conheciam há muito tempo. O que essas comunidades também conhecem na pele é o método de extração de confissões através de torturas. Foi assim que a polícia militar matou o pedreiro Amarildo e tantos outros antes dele, fora os que sobreviveram a esses atos bárbaros e não condizentes com os direitos humanos.   A tortura é uma mazela persistente nas delegacias e prisões brasileiras. Num senso publicado no livro Quem vigia os

Mídia, Polícia e Manifestações

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Ontem eu tive o privilégio de assistir a uma aula aberta do professor da UERJ e especialista em Segurança Pública, Luiz Eduardo Soares, no auditório desta Universidade, que, na verdade foi um debate com uma mesa que contava com o deputado Marcelo Freixo, o delegado de polícia civil Orlando Zaccone e um representante da Mídia Ninja. Os temas não poderiam ser mais pertinentes neste momento que vivemos no Brasil e em especial no Rio de Janeiro: política, polícia, as novas mídias e as manifestações. Acho interessante trazer e comentar alguns assuntos que considerei mais importantes nas palestras. As bombas de efeito moral enriquecem os fabricantes Penso que, hoje, o problema da brutalidade policial seja o tema mais oportuno, e por isso mesmo o delegado Zaccone foi o que trouxe os dados mais relevantes da noite. E não por acaso foi o que teve que responder a mais questionamentos quando as perguntas foram abertas ao público. O delegado chamou a atenção para um fato que pouca gente até ago

Passando a limpo a Polícia Militar do Rio de Janeiro (parte 1)

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  As modernas instituições policiais surgiram na Europa a partir do século XIX, na esteira do crescimento dos conflitos de classe nas sociedades industriais. No papel, as polícias deveriam apresentar-se como alternativa tanto ao uso da força privada, quanto ao emprego dos exércitos contra a população civil. A tensão gerada pelo conflito entre os direitos individuais e o uso da força estatal sempre esteve presente desde a origem das polícias militares. Ao longo do tempo, a violência desmedida, a arbitrariedade, as torturas e execuções sempre mancharam a reputação dos policiais não só no Brasil, como em vários outros países. A solução que alguns deles encontraram foi um maior controle externo dessas instituições, com modelos variados – e resultados também diferentes. Desde junho deste ano, a sociedade brasileira vem acompanhando protestos dos mais variados segmentos da sociedade, pelos mais variados motivos. E o que mais vem chamando a atenção em todos eles é o comportamento desumano,

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