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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

Schopenhauer e o senso comum brasileiro

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Todos vão preferir acreditar do que julgar — Sêneca O senso comum é uma das coisas mais danosas que circulam na nossa sociedade. Já falei sobre esse tema aqui, em algumas postagens. Através dele, cria-se a falsa sensação de avaliação criteriosa, que o sociólogo Jessé Souza chama de “charminho crítico”, pois as pessoas opinam sobre coisas que não sabem a fundo, tendo a ilusão de fazer uma afirmação com alguma base de verdade. Veja mais em: Trabalho, senso-comum e ideologia dominante O senso comum por trás do “bandido bom é bandido morto” Os mitos da meritocracia e da brasilidade a serviço dos privilégios no Brasil Isso acontece porque o senso comum é tão disseminado que cria verdades absolutas que aproximam pessoas que pensam igual, que alimentam e reforçam essas mesmas falácias através da repetição. Esse fato pode ser entendido em detalhes aqui em O fenômeno da Polarização de Grupo . Por conta desses episódios, as pessoas tendem a repetir irrefletidamente factoides que vee

Microcefalia: um mistério ainda não resolvido. ou ainda não revelado?

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Desde o ano passado, principalmente, e também neste começo de ano, o surto de microcefalia no Brasil vem causando espanto não só no país, mas no mundo inteiro. Nesse período, o número de fetos diagnosticados com a má formação cerebral aumentou de forma inexplicável, e desde então, especialistas brasileiros vêm tentando descobrir o que está por trás desse fenômeno estranho. A partir de um primeiro estudo feito por pesquisadores brasileiros em uma recém-nascida no Ceará, passou-se a associar os casos de microcefalia ao vírus da zika , transmitido principalmente pelo mosquito Aedes Aegypti. Posteriormente, outros casos também foram confirmados pela presença do vírus no organismo de fetos com a má formação congênita. Então, criou-se quase um consenso na área médica de que o vírus estava na raiz da epidemia de microcefalia no Brasil. No entanto, alguns especialistas mais ponderados desconfiam desse diagnóstico. Afinal pouco se sabe sobre a relação da transmissão do vírus com a microcefal

A maior crise da esquerda da história: nunca estivemos tão fracos e desunidos

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Bons tempos aqueles em que o Brasil tinha nomes de peso representando a esquerda, seja dentro da política institucional, seja fora dela. Seria cansativo enumerar os diversos nomes de políticos moderados, reformistas ou revolucionários que durante décadas representaram as esperanças do povo trabalhador nesse país. Ficaremos apenas com três, em três momentos diferentes – e também concomitantes, em alguns períodos –, como Luiz Carlos Prestes, do PCB, João Goulart, pelo antigo e então digno PTB, e Leonel Brizola, pelo também saudoso PDT. Hoje, o partido que se dizia de esquerda e que governa o país nos últimos 14 anos sofre uma crise de identidade e legitimidade. Há muito tempo se deixou corromper pelas práticas sujas dos seus antecessores, sendo bombardeado constantemente com ameaças de prisão e Impeachment, levando com isso a credibilidade de toda a esquerda para o ralo. Também o partido legitimamente de esquerda que possui a maior representatividade na política institucional, o PSOL, é

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