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Mostrando postagens de abril, 2013

Pelé vs. Romário. Muito mais do que mera vaidade

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Não vi o Pelé jogar, vi o Romário. E o Romário foi um dos maiores craques da minha geração. Mas não importa, os relatos e as imagens gravadas atestam suficientemente que Pelé, dentro de campo, foi o maior de todos os tempos. Mas seu talento com a bola nos pés talvez só se equipare à sua extrema vaidade, daquelas expressas em pessoas que só falam em si na terceira pessoa. Talvez por esse sentimento não muito louvável entre nós, e portanto nunca assumido, ele tenha sugerido a Romário encerrar a carreira antes de chegar aos pretensos mil gols, justamente uma das marcas da sua própria. E foi por esse motivo que Romário, com seu sarcasmo afiadíssimo, lançou o hoje folclórico “O Pelé calado é um poeta”. Desde então a relação dos dois ficou azeda e piorou ainda mais quando Romário foi eleito deputado federal, assumindo postura crítica sobre o modelo de futebol que tem em Pelé uma de suas vedetes. Pelé é a situação, Romário oposição na política brasileira Dizem por aí que Pelé foi investi

23 de abril, dia de São Jorge. E dos Livros

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Atualizado em 17 de abril de 2015 Esta é a semana do Dia Internacional do Livro , comemorado todo dia 23 de abril pelo mundo. Também é o dia em homenagem a um santo católico no Brasil, e o fato de São Jorge ser celebrado tão apaixonadamente, pelo menos no Rio de Janeiro, enquanto os livros ficam totalmente esquecidos nas comemorações oficiais, tem muito a nos dizer sobre quem somos enquanto nação. Educação e superstição Sabe-se muito bem que o nosso país, de uma tradição conservadora e católica, jamais fez uma reforma educacional ampla o suficiente para democratizar e disseminar a alfabetização em massa, o acesso à educação de qualidade para todos, incentivo à leitura e à cultura científica. Em vez disso, seguimos historicamente capengando pelo caminho do obscurantismo intelectual: educação de padrão satisfatório apenas para os filhos das elites, e religião para os filhos dos pobres se resignarem com suas duras realidades, sem meios (conhecimentos) para escapar de um destino perver

Internação compulsória: ruim para usuários, bom negócio para empresários e igrejas

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Essa semana, o Congresso Nacional está analisando o Projeto de Lei 7663, que altera alguns pontos da lei de drogas. Faz parte de mais uma proposta inserida no avanço do conservadorismo no Brasil, tanto religioso quanto político, que faz o país retroceder no assunto pelo menos uns 30 anos, época em que  se acreditava que o problema das drogas se resolveria com mais repressão policial e cadeia, enquanto outros países hoje discutem a descriminalização e a “despolicialização” do tema das drogas. Mas além dessa reação conservadora, o dinheiro e o lucro podem estar por trás dessa onda de internação compulsória que está para ser aprovada no país. O caso PA Chil Care, na Pensilvânia Wilkes-Barre, na Pensilvânia, tinha uma das taxas mais altas de internação compulsória de jovens “rebeldes” de todo o Estado em 2009. O município, dentro da lógica neoliberal, foi convencido pelo juiz Conahan a fechar o reformatório público e contratar os serviços de uma empresa privada com o eufemístico nome de

O fetiche cristão/conservador pela “Família”

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Repare bem: quase todas as bandeiras conservadoras, ultrarreacionárias e cristãs da sociedade brasileira podem ser levantadas “ em defesa da Família ”. É cada vez mais comum ouvirmos quase como um mantra esse tipo de justificativa para os pensamentos mais cretinos desse segmento da sociedade. Todos os tipos de preconceitos, intromissões em assuntos particulares, medo de propostas diferentes e reformistas, ataques a minorias étnicas e raciais, críticas a grupos LGBT, chiliques contra o direito ao aborto, a adoção de crianças por pais homossexuais, o próprio casamento gay… enfim, quase qualquer tipo de ataque como esses podem ser justificados em defesa da Família. Mas... que tipo de família é essa? Só existe um modelo de família aceitável? Quem disse isso? Essa que é a grande questão. Cristãos fundamentalistas e conservadores acreditam que sim: só existe UM tipo de família – naturalmente a que ELES foram ensinados a achar que é a certa. Qualquer pessoa que queira o direito de formar

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