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Mostrando postagens de julho, 2016

Hoje a direita se acha forte. Mas amanhã há de ser outro dia…

P ara aqueles que entraram na conversa pós-moderna, a realidade brasileira prova a cada dia que sim, existe direita e esquerda na política, e que as radicalizações dos setores mais reacionários do espectro direitista afloram ainda um outro conceito que andava meio esquecido: o da luta de classes. “A cadela do fascismo está sempre no cio”, é uma das frases famosas do genial Berthold Brecht que ganharam popularidade nos tempos de internet. E reflete a mais pura realidade. Os setores mais conservadores, autoritários e reacionários da direita sempre farejam oportunidades de colocar seus preconceitos, sua violência e o seu modo de pensar pra fora, de forma impositiva. E o momento brasileiro é o ideal para isso, segundo pensam. Com os pilares da democracia enfraquecidos, com as esquerdas acuadas em torno de velhos preconceitos recuperados da época da Guerra Fria, alguns movimentos como o MBL, financiados por partidos de direita e empresários estadunidenses, políticos que fazem o nome defen

Por que o brasileiro odeia tanto o Brasil

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A crise política e econômica atual atacou a autoestima do brasileiro e fez ressurgir um dos seus hábitos preferidos: falar mal do país e de si mesmo. Basta uma simples olhada nas conversas de rua, de botequins ou de qualquer lugar onde o assunto seja o Brasil , e uma enxurrada de falácias surgirá na ponta das línguas. E o pior, com aquele balanço de cabeça e aquela risada de concordância dos ouvintes. Falar mal do país é quase um esporte nacional, assunto preferido junto com enredos de novelas e campeonatos de futebol. Mas por que temos esse costume de colocar pra baixo a nós mesmos, e que consequências isso acarreta em nossas vidas? Pra entender essa questão, precisamos recorrer a alguns ilustres pensadores. O primeiro deles, o alemão Karl Marx , que dedicou uma parte de sua brilhante carreira no desvendar da ideologia em sua obra A Ideologia Alemã (1846), ou seja, procurou entender os meandros da produção de ideias, de representações e da consciência. Segundo ele, o pensamento da

Dois anos depois do 7 a 1, continuamos perdendo dentro e fora de campo

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H á exatamente dois anos, os brasileiros assistiam, atônitos, o passeio dos alemães em cima da seleção brasileira de futebol: 7 a 1, num desastre só comparado com a perda da final da Copa de 50 no Maracanã. Há um amigo que sempre diz que o futebol emula a vida, quer dizer, o mundo do futebol é um pequeno microcosmo que reproduz muitas características do macro, ou seja, da vida em si. Muitas vezes, é o futebol que influencia a nossa vida, como veremos. Pobre futebol brasileiro Na área do futebol, a mesma Rede Globo de Televisão , sócia e maior parceira da corrupta CBF, hipocritamente passou a clamar por mudanças no futebol brasileiro depois do desastre no Mineirão em 2014, como se não tivesse nada a ver com isso. As mesmas mudanças que os movimentos sociais já pediam muito antes da Copa no Brasil começar. Durante o evento, porém, a emissora contribuiu para a desconcentração e o oba-oba , fazendo matérias exclusivas com os jogadores; colocando atores e figuras globais dentro da Granj

O Brasil comprova que a democracia é tão falha quanto qualquer outro regime

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N esta última segunda-feira (4/7), o historiador Leandro Karnal , entrevistado do programa Roda Viva , lembrou uma célebre frase do famoso ex-premier britânico Winston Churchill: “ a democracia é o pior dos regimes de poder, com exceção de todos os outros ”. Essa frase altamente controversa tem ajudado a consolidar a ideia da democracia como valor absoluto em si, universal, que deve ser implementada em todo o mundo indefinidamente. Mas essa noção acrítica só serve para ocultar as falhas e pontos negativos da própria democracia, mesmo em comparação com outros sistemas. O capitalismo já provou que liberdade e democracia não são condições indispensáveis ao seu desenvolvimento. Seja em sistemas monárquicos, autoritários, ditatoriais ou abertos, o capitalismo sequestra as instituições de poder, representada pelos políticos, e as usa em seu proveito. E aí está o grande problema dos sistemas políticos sob a influência livre do poder econômico: mesmo os mais repressivos, como os do Oriente Mé

A esquerda precisa descobrir a zona oeste do rio

N este domingo (3/7), duas da tarde, a deputada federal e pré-candidata do PCdoB à prefeitura do Rio, Jandira Feghali, ficou de vir em Padre Miguel, bairro da zona oeste da cidade do Rio, num evento promovido pela CUT e por um coletivo de mulheres ligado ao partido. Não sei se de fato veio, pois, nunca acostumado com o mau hábito do brasileiro com relação a atrasos, cheguei no local na hora indicada, e até as 15:30h a distinta parlamentar ainda não havia chegado. Naquele momento a vontade de assistir o jogo do Flamengo falou mais alto e eu não aguentei mais esperar. Se eu soubesse o que seria o jogo, teria ficado mais um pouco… O fato é que, com ou sem atraso, os possíveis candidatos a prefeito da cidade do Rio com características progressistas ignoram o potencial da zona oeste. Maior e mais populosa região, naturalmente também é a que concentra o maior número de eleitores. Desde muito tempo a direita e os partidos conservadores ligados a seitas evangélicas fazem de bairros como Sant

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