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Mostrando postagens de junho, 2017

Esquerda não tem nome a propor numa eleição direta

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Q uando eu estava na faculdade, numa aula de sociologia, houve o debate sobre as novas formas de movimentos sociais. Na onda da queda de prestígio e representatividade dos partidos políticos, muitos estavam felizes com as novas formas de protestos e de movimentos sociais descentralizados, sem uma liderança clara e assumida, tendo a Aliança Zapatista de Libertação Nacional (AZLN) e seu relutante líder, comandante Marcos, como modelo ideal. Hoje vemos que esse tipo de mobilização não deu os frutos que se esperava. A famosa Primavera Árabe causou revoltas “populares” que tinham como finalidade “tirar ditadores do poder” mas que no fundo não passaram daquilo que é conhecido como revoluções coloridas , cujo resultado foi guerra civil e ascensão de grupos radicais como o Estado Islâmico. Nos Estados Unidos o Occupy Wall Street prometia ser um marco na luta contra a poderosa influência do setor financeiro naquele país, cuja quebra da economia em 2008 levou milhões ao desemprego. No entanto, s

A tortura persiste no Brasil

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H oje foi estabelecido o dia internacional de apoio às vítimas de tortura . Porém, o Brasil fica de cabeça baixa perante o mundo neste dia, encabulado, porque tem até hoje contas a acertar com o seu passado, que reflete diretamente no presente: o Brasil foi um dos países que menos condenou agentes da ditadura envolvidos em casos de tortura na época do regime militar, e essa situação repercute no nosso dia a dia, onde a tortura ainda está vergonhosamente presente. Enquanto outros países como o Chile, o Uruguai e a Argentina passam a limpo seu passado para poderem seguir adiante, o Brasil e seus conchavos do alto escalão se escoram num acordo de anistia mequetrefe e ilegal, que em 1979 perdoou não só os perseguidos pelo regime, mas enfiou no pacote uma ilegal anistia a torturadores do regime. Só agentes que reconhecem que fizeram coisa muito errada poderiam ter a maliciosa ideia de salvarem a suas peles numa lei para a posteridade. Acontece que o crime de tortura não prescreve, é uma de

Pio IX, o caso Mortara e As Cortes de Justiça brasileiras

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Teu dever é lutar pelo Direito, mas se um dia encontrares o Direito em conflito com a Justiça, luta pela Justiça ( Eduardo Juan Couture , jurista uruguaio) O Holocausto representou o ápice da perseguição aos judeus na Europa, mas a verdade é que eles eram vítimas de ódio e violência há várias gerações anteriores . Especialmente na Idade Média , uma época de plena superstição católica. Pelo menos, naquela época, os papas da Igreja católica não corroboravam com as fantasias do populacho, que imputavam aos judeus as práticas mais abomináveis, como o assassinato ritual de crianças católicas , entre outras ilusões que muitas vezes terminavam em violência. Católicos associam modernidade ao judaísmo A mudança de postura dos papas aconteceu com o advento da modernidade . O mundo passava por grandes transformações a partir do século XVIII, as pessoas eram mais educadas, tinham mais liberdade, a ciência explicava os fenômenos naturais e acabava com a maioria das superstições… Pelo menos na

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