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Mostrando postagens de 2012

Respirar taxas desumanas de enxofre nas grandes cidades: coisas do Brasil

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Poluição no Brasil mata mais de 3 mil pessoas por ano O s críticos desse nosso nocivo sistema de mercado capitalista desregulado sempre fizeram uma brincadeira sobre o avanço do capitalismo em todas as áreas da vida humana: chegaria o dia em que até o ar que respiramos seria comercializado por alguma empresa privada. Esse dia ainda não chegou, felizmente, mas não quer dizer que o oxigênio já não esteja envolvido em questões econômico-políticas. O brasileiro, este pobre ser vilipendiado de cima abaixo por seus próprios governantes, aquele cidadão pacato e festivo que paga as taxas mais caras do mundo por serviços de péssima qualidade e produtos que custam o dobro do que custariam lá fora; que paga os impostos mais elevados do planeta Terra sem ver o retorno em melhorias na qualidade de vida, porque o país prefere dar lucro aos rentistas; que vive no país do baixíssimo octogésimo-quarto nível de IDH (a piorar com a crise); que banca os maiores salários do mundo para os políticos

Qual é o termo gentílico mais adequado para quem nasce nos Estados Unidos?

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E sse foi um tema proposto recentemente numa comunidade de história na internet, e que gerou calorosos debates. Aparentemente, esse é um assunto sem muita importância, mas só o fato de envolver questões de profundos vieses ideológico e psicológico já faz desse debate algo muito relevante. O nome do país suscita as controvérsias. Eles são os Estados autônomos que se uniram para formar um país no continente americano . Daí Estados Unidos da América . Alguns participantes da comunidade na internet defenderam que os nascidos naquele país sejam considerados “ americano s” e não “ estadunidenses ” porque “Estados Unidos” é “relativo à sua forma de organização político-administrativa” sendo que em outros países “a construção do gentílico se dá com base apenas no último termo”. Daí Brasil resulta brasileiros; Canadá – canadenses; Argentina – argentinos, e assim por diante. Temos dois equívocos neste argumento. Primeiro, porque a forma de organização político-administrativa do p

Adiado para 2016 o Novo Acordo Ortográfico

O governo brasileiro resolveu adiar para 2016 a vigência do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, já utilizado por setores públicos e privados brasileiros desde o final de 2008 e previsto inicialmente para ser adotado definitivamente em 1º de janeiro de 2013. Com a medida, a duas formas de ortografia, a antiga e a nova, serão utilizadas simultaneamente durante mais 3 anos. Os portugueses, seja por razões nacionalistas, políticas ou sentimentais, resistem mais à implementação do acordo, que foi discutido no longínquo ano de 1990 e ratificado em 2008 por todos os países lusófonos. Por causa disso, o governo português definiu um prazo maior para a sua implementação definitiva: 2014. O Brasil vem adotando mais fortemente as mudanças, mas mesmo assim, o governo decidiu adiar a implementação definitiva do novo acordo para dois anos além do estipulado pelos portugueses. Esse adiamento não tem uma explicação convincente das autoridades. A alegação oficial é de que “há muita insatisfa

Como tirar melhor proveito da cultura maia do “fim do mundo”.

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Nunca a cultura maia foi tão comentada e discutida quanto neste final de 2012. Isso por conta de apenas duas pequenas citações encontradas em inscrições em pedra, no Monumento 6 de Tortuguero, no México, e mais recentemente nas densas florestas de La Corona, noroeste da Guatemala, onde a data 21 de dezembro de 2012 aparece como o momento de grandes transformações na vida dos indígenas que viveram na América Central. O problema é que a civilização maia já não existe desde antes da chegada dos espanhóis no Novo Mundo e sua cultura hoje se restringe a pequenos povoados na região do México e da Guatemala, onde os descendentes dos antigos indígenas lutam para manter vivas certas tradições dos seus antepassados. Mas por que então o calendário maia ganhou tanta notoriedade nos últimos tempos, e por que a chamada “profecia maia” do fim do mundo ganhou tantos adeptos neste começo de Terceiro Milênio? A resposta passa por uma série de fatores. Destacaremos dois. Em primeiro lugar, o fi

Abusos do agronegócio: os transgênicos em xeque

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O agronegócio representa hoje uma das maiores forças econômicas e políticas no mundo capitalista. Ainda mais no Brasil, país onde a concentração de terras é histórica e quase 3 por cento da propriedade rural são enormes latifúndios que cobrem mais da metade de extensão territorial agricultável do país (56,7%), segundo dados do IBGE de 2006. Essa força se expressa em pressão no governo, que permite que seus negócios sujos sejam mais relevantes que a saúde da população brasileira. Um dos maiores mercados do agronegócio é a área de sementes transgênicas e agrotóxicos. Aqui também se verifica um oligopólio que gera bilhões de lucros para grandes proprietários, sem a menor preocupação com as consequências a longo prazo para saúde dos consumidores. Estudo comprova que transgênicos causam câncer em cobaias Recente pesquisa publicada no Food and Chemical Toxicology Review, importante publicação científica, reacendeu o debate sobre os perigos deste tipo de alimento modificado genet

O QUE PRECISAMOS SABER SOBRE Redução da maioridade penal

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Atualizado em 3 de maio de 2015 Tem crescido nas redes sociais campanhas para a redução da maioridade penal de 18 para 16 e até para 14 anos, sempre na carona de alguma comoção recente que tenha ocorrido por conta de algum crime envolvendo a participação de menores. Mas seria esta realmente a solução para os nossos problemas de violência urbana? O que sabemos de fato sobre esse tema? Talvez um pouco mais de reflexão sobre o assunto seja necessário antes de uma opinião tão contundente. O Estatuto da Criança e Adolescente permite a impunidade? NÃO Muita gente diz que o jovem pratica o crime sabendo que não vai para a cadeia por causa da suposta benevolência do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Puro equívoco. Primeiro, é sabido por todos os médicos e pedagogos que o jovem age no crime por puro impulso , oportunidade e por falta de perspectiva . Quem disser que um menor de idade se sente acolhido pelo ECA para praticar crimes, dá a entender que o jovem leu o Estatuto ou desc

Monteiro Lobato contextualizado

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Esse texto combate anacronismos e tenta corrigir distorções de interpretação de épocas diferentes com a mentalidade do presente.   [lock]Anos atrás, Esmeralda Z. Parola escreveu uma história para crianças sobre uma ovelhinha chamada Roberta, muito triste porque nenhuma das outras ovelhas queria conversar nem andar com ela.   Uma vez ela foi perguntar à sua mãe o motivo. A ovelha mãe então disse: — Bééé... ovelha tola! Não gostam de você porque você é diferente, esquisita. Você é a ovelha negra do pasto.   Roberta fica deprimida, mas encontra uma solução. Ela descobre que nas montanhas vive um rebanho de ovelhas bem pretinhas, de lã crespa e rija. Assim, dando adeus à sua família (que finge não a conhecer) ela parte sozinha. Chegando lá, é recebida como se fosse uma filha perdida há muito tempo, vivendo feliz o resto dos dias. O livro é um sucesso de vendas, sendo inclusive recomendado pelo Ministério da Educação. Dirigentes do Movimento Negro apoiam o livro, que denuncia o pr

Poluição visual das cidades não incomoda só em época de eleição

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Realmente elas são chatas, inconvenientes e invasivas. As propagandas políticas incomodam bastante os cidadãos em épocas de eleição. Estão em todos os lugares, seja nas ruas, causando poluição visual, material e sonora, seja na TV, entrando em nossos lares sem serem chamadas. Mas elas passam. Só voltam depois de dois anos, na eleição seguinte. Mas por que as pessoas não têm a mesma reação negativa com relação à publicidade comercial, que polui a cidade do mesmo jeito, com banners espalhados pelos prédios, outdoors instalados em cada rua, e com as propagandas da TV que nos empurram goela abaixo produtos que não queremos? Aí está uma coisa curiosa. Será que nos acostumamos com esse abuso e pensamos que ele é normal e que deve ser assim mesmo? Recentemente uma ex-deputada federal relatou em seu blog a primeira impressão que teve assim que desceu em Havana, numa viagem de férias: olhou em volta da cidade não viu sequer uma publicidade de grandes empresas poluindo o visual! Muito

O mercado da informalidade na campanha política

Estamos vivendo em todo o Brasil o período de campanhas eleitorais e é difícil escapar do tema quando a gente quer escrever sobre algo da atualidade. O assunto de hoje é o mercado informal na eleição , que ocorre a cada 2 anos no país e corrompe o que se esperaria de uma verdadeira democracia e de uma plena cidadania, porque envolve interesses e favores imediatos e pessoais e não o bem estar da comunidade. Embora a eleição abra uma série de oportunidades para cantores de jingles, compositores, produtores de faixas, banners e cavaletes, donos de carros de som, etc., vamos nos ater a um tipo bem específico que costuma ser o mais explorado: o cabo eleitoral . Uma das coisas mais belas da democracia é quando você se presta a fazer campanha para seu candidato de predileção. Num país em que este sistema está plenamente implementado, os cidadãos escolhem, apoiam e divulgam aquele que consideram o melhor postulante ao cargo político, não porque queriam alguma vantagem pessoal em troca, mas po

Votar nulo é um desperdício e não anula a eleição

Toda vez que estamos nas vésperas de uma eleição, vemos campanhas para o voto nulo nas redes sociais, especialmente dos setores mais radicais da esquerda e daqueles que optam pela posição mais cômoda. Alguns destes cidadãos afirmam que votam nulo porque “ políticos são todos iguais, e assim que chegam ao poder, eles mudam ”. Quem vê imagina que esta seja uma pessoa que pesquisou todas as opções, que investigou a vida de todos os candidatos, e depois desta exaustiva labuta, chegou a esta conclusão. Mas a verdade é bem outra. Outros não confiam no “ sistema eleitoral burguês ”, apesar deste mesmo sistema ter aplicado derrotas vexatórias nas burguesias da América Latina, todas elas através do voto – inclusive no Brasil. Ou será que a própria vitória do Lula em 2002 não foi um desses casos? (a virada para o centro que o PT deu logo depois é outra história).  Infelizmente, essa foi a má impressão geral que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ajudou a disseminar. Outros políticos fora

“Mensalão” do PT: relembrando o caso (parte 3/3)

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Essa postagem é a terceira e última parte da matéria sobre o Mensalão do PT, que começou a ser julgado hoje. Voltando a Roberto Jefferson Dos 20 milhões de reais prometidos pelo PT em troca de “aliança política”, o PTB de Jefferson recebera “apenas” 4 milhões. O ex-deputado petebista estava perdendo a paciência. Roberto Jefferson foi procurado por um dos arapongas de Artur Wascheck, que relatou ao então deputado a existência do vídeo que mostrava Mauricio Marinho recebendo propina e denunciando o esquema de corrupção nos Correios. Jefferson sentiu que ali tinha o dedo do governo para tentar calá-lo. Logo depois, a revista Veja publica uma matéria sobre o esquema de corrupção nos Correios supostamente comandado pelo PTB e gerenciado por Jefferson. O vídeo chegou às mãos do repórter Policarpo Júnior — o mesmo que hoje é suspeito de envolvimento com Carlinhos Cachoeira. Sentindo-se abandonado e jogado aos leões, Roberto Jefferson resolveu falar. Em 6 de junho de 2005, o então

“Mensalão” do PT: relembrando o caso (parte2/3)

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Essa postagem é a segunda e penúltima parte da matéria sobre o Mensalão do PT, que será julgado nesta semana. Marcos Valério, o operador do mensalão do PT, era operador do caixa dois do PSDB mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza nasceu em 1961 em Minas Gerais. Desde muito jovem trabalhava em bancos, mas aos poucos foi se tornando lobista do mercado financeiro. Sua função era negociar com credores de bancos o pagamento de créditos já dados como perdidos. Assim ele ficava com uma porcentagem do dinheiro que conseguisse reaver. Sua ambição se tornou a porta de entrada para o meio político mineiro em 1996, através de duas siglas: PSDB e SMP&B. A primeira, do partido que todo mundo conhece. A segunda, da maior agência de propaganda de Minas. Em estado falimentar, Marcos Valério ainda assim enxergou oportunidade na agência — com o apoio da outra sigla, o PSDB. Nos anos 70 e 80, as empreiteiras serviam para fornecer caixa dois a campanhas políticas, mas desde a eleição de

“Mensalão” do PT: relembrando o caso (parte1/3)

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No próximo dia 2 de agosto começa o esperado julgamento do suposto esquema de corrupção no governo Lula que ficou conhecido como “mensalão”. Para aqueles que ainda duvidavam que o PT já não era mais o partido que dizia ser, o chamado “mensalão” foi um choque de realidade em suas cabeças. Estava ali desnudado por um dos próprios participantes o gigantesco esquema de corrupção na política somente superado pelo processo de privatizações do PSDB de alguns anos antes. Com base no livro O Operador , de Lucas Figueiredo, vamos relembrar em três partes alguns momentos deste vergonhoso evento, nas vésperas do julgamento no STF de alguns dos envolvidos. Correios: a estatal cobiçada pelos corruptos Com um faturamento de quase 9 bilhões de Reais em 2005, os Correios eram uma das estatais mais cobiçadas por fornecedores. Mas também por políticos e por partidos ávidos por nomeações nos diversos setores da empresa. Assim que chegou ao poder, o PT fez exatamente como seus antecessores: premiou

Rosane Collor e a “magia negra”

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Raramente vejo televisão e muito menos a rede Globo, mas graças às facilidades da internet, eu pude assistir a entrevista da ex-primeira dama Rosane Collor ao Fantástico . Tirando as já conhecidas questões políticas de 1992 e a ridícula reclamação da “pequena” pensão de 18 mil Reais, o que chamou a atenção mesmo foram as revelações de prática de “magia negra” pelo casal na Casa da Dinda.   As pessoas costumam trocar de religião. Isso é mais comum do que se imagina. Assim como é comum também as pessoas que trocam de religião satanizarem suas crenças anteriores, tachando-as de “erradas”, de “ilusão”, de “engano”, enquanto que a nova religião abraçada é a “certa”, o “verdadeiro caminho”, a “luz”.   Evangélicos têm por hábito dar testemunhos nas igrejas de como eram suas vidas antes da conversão. Tais relatos costumam impressionar os presentes, e inconscientemente ou não, os recém-convertidos tendem a exagerar quando se referem à sua conduta passada ou à sua antiga religião.   Rosane

Rio + 20: mudar para continuar tudo como está

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Debater uma forma de acabar com os prejuízos causados pela grande demanda de recursos naturais do sistema só tem uma saída: acabar com esse sistema. O resto é falácia. Desviar o foco. Dessa forma pode ser resumida a tentativa de líderes mundiais, setores privados, ONGs e outros grupos que se reuniram no Rio de Janeiro no fim desse mês para determinar como é possível reduzir a pobreza, promover a justiça social e a proteção do meio ambiente. Economia verde, capitalismo verde, desenvolvimento verde... a nova moda das classes dirigentes é esverdear todas as modalidades de destruição que o sistema atual causa no planeta e nas comunidades mais pobres. Durante vários dias, tentou-se chegar a um acordo para diminuir as consequências da exploração dos recursos naturais da Terra, mas a declaração final foi considerada um tremendo fracasso. E não podia ser mesmo diferente. Por quê? Porque já não é de hoje que os governos vêm atuando cada vez mais em sintonia com os interesses das gran

Turismo em assentamentos israelenses: a prática de simular tiros em palestinos

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Trechos do artigo publicado em Net Magazine traduzido por Almir Ferreira Acampamento de verão, estilo de guerra: como um peru congelado mergulhado em óleo fervente, um grupo de turistas norte-americanos desce de uma van com ar-condicionado para o calor escaldante da Cisjordânia. Distribuindo sorrisos por toda parte, eles marcham para Caliber 3 , um campo de tiro local. " Mexam-se! ", o guia israelense de repente grita. " Destruam os terroristas* ", ordena, e eles atacam, com armas carregadas, em alvos de papelão. Gush Etzion tornou-se um destino quente nos últimos meses para os turistas que procuram uma experiência em Israel como nenhuma outra: a oportunidade de uma falsa operação de atirar em "terroristas". Os moradores judeus dos assentamentos próximos que cercam o local, oferecem aos turistas a oportunidade de ouvir histórias do campo de batalha, assistir a um assassinato simulado de terroristas pelos guardas e de atirar com armas de fo

Spray de pimenta é a nova tortura de policiais sádicos

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Especialmente na época da ditadura civil-militar brasileira, as polícias atuavam em cooperação com o Exército na repressão a atos políticos, considerados movimentos subversivos contra a ordem conservadora-burguesa das elites. Faziam parte da rotina a captura, a prisão, a arbitrariedade, e principalmente, a tortura de cidadãos inocentes. São repletos os casos divulgados pela Comissão da Verdade nos últimos anos.   A ditadura acabou — pelo menos oficialmente — e com ela chegou a democracia e o Estado de Direito — pelo menos em tese — mas a nossa polícia, pasmem, continua a mesma. É lógico que, em pleno século XXI, não temos mais como capturar subversivos comunistas por aí, mas na democracia burguesa, qualquer movimento popular, pacífico, que junte meia-dúzia de manifestantes, já é motivo de medo e repressão. E lá vai a polícia cumprir o seu velho papel de cão de guarda das classes médias.   Hoje não temos o pau de arara, o telefone na orelha, o banho de mangueira, o choque e a queima

Como as mídias controlam a opinião pública no Brasil

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Uma das características mais intrigantes da população brasileira era a total apatia frente aos sucessivos escândalos de corrupção envolvendo políticos e empresários, pelo menos até este ano de 2013. Muitas pessoas defendem que essa é uma marca inata do nosso povo, que elege a festa e o futebol como interesses maiores. Eu pretendo ir por outro caminho. Nossa opinião pública excessivamente moldada pelas mídias monopolistas sempre foi a maior responsável pelo desinteresse nacional pela política. Nosso problema maior é que no Brasil, a televisão chegou antes da educação. Em outros países, como por exemplo na França, na Inglaterra e na Suécia, no final do século XIX, houve uma pressão enorme para o investimento na educação pública para todos e para a erradicação do analfabetismo. Em meados do século XX, grande parte de suas populações já era perfeitamente politizada, alfabetizada e educada. No Brasil, por outro lado, com uma elite tacanha, egoísta e sem um projeto nacional de desenvol

Guerra de chapas-brancas nas mídias

 Direita e "Esquerda" duelam para saber quem consegue apontar mais para o rabo do outro, ignorando as próprias escorregadas dos seus correligionários. Esse é o quadro político do Brasil de hoje. Guerra de chapas-brancas nas mídias

Como as mídias influenciam nossas opiniões e interferem na democracia

Todos nós estamos muito acostumados a culpar a falta de interesse do povo na política como causa principal de todos os nossos problemas. De fato, o brasileiro médio é passivo, alienado e alheio qualquer tipo de participação e envolvimento com a política. Mas até que ponto ele é o vilão da história? Será que ele não é vítima de um sistema que subverte o papel dos meios de comunicação, que molda a sua forma de ver o mundo? Muitas pessoas têm a tendência de acreditar que as mídias apresentam os fatos de forma neutra, imparcial, sem nenhum interesse no que é veiculado. Essa crença é o primeiro passo rumo a uma perda de autonomia crítica frente ao mundo. Delegamos a terceiros a tarefa de pensar por nós sobre o que queremos. As mídias estão completamente inseridas no jogo comercial do mercado. Sua função básica há muito tempo deixou de ser a informação e passou a ser o controle da opinião pública, para domesticar nossa visão de mundo, criando o consenso e o consumidor dos produtos que são

Superação do capitalismo: uma certeza, muitas dúvidas

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    Fechando as postagens que pretenderam mostrar até aqui como começou e para onde está indo o atual movimento mundial de contestação ao capitalismo, chegou a hora de ver as características das reivindicações, suas formas de atuação, suas conquistas e seus rumos daqui por diante.   Uma certeza que marca os protestos dos diversos movimentos sociais pelo mundo: o capitalismo e o mercado fracassaram rotundamente em suas promessas de gerar riquezas e prosperidade para todos . As dúvidas: qual das dezenas e dezenas de propostas é ideal para superar este modelo? Existe alguma? Deveria haver uma conjunção de propostas? O que manter? O que descartar? Infelizmente, parece que as pessoas que contestam o sistema andam falhando em deixar claras essas respostas.   Conforme foi mostrado na segunda postagem sobre a série , a grande maioria desses novos movimentos, fragmentários e diversificados, teve inspiração no movimento zapatista, cuja figura mais destacada é a do subcomandante Marcos, cha

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