Turismo em assentamentos israelenses: a prática de simular tiros em palestinos
Trechos do artigo publicado em Net Magazine traduzido por Almir Ferreira
Acampamento de verão, estilo de guerra: como um peru congelado mergulhado em óleo fervente, um grupo de turistas norte-americanos desce de uma van com ar-condicionado para o calor escaldante da Cisjordânia. Distribuindo sorrisos por toda parte, eles marcham para Caliber 3, um campo de tiro local.
"Mexam-se!", o guia israelense de repente grita. "Destruam os terroristas*", ordena, e eles atacam, com armas carregadas, em alvos de papelão.
Gush Etzion tornou-se um destino quente nos últimos meses para os turistas que procuram uma experiência em Israel como nenhuma outra: a oportunidade de uma falsa operação de atirar em "terroristas". Os moradores judeus dos assentamentos próximos que cercam o local, oferecem aos turistas a oportunidade de ouvir histórias do campo de batalha, assistir a um assassinato simulado de terroristas pelos guardas e de atirar com armas de fogo no stand de tiro.
Michel Brown, 40, um banqueiro de Miami, escolheu levar sua esposa e três filhos para o stand de tiro com o objetivo de "ensinar-lhes valores."
Ao entrar no stand, sua filha de cinco anos de idade (imagem ao lado), Tamara, explode em lágrimas. Meia hora depois, ela está segurando uma arma e dispara balas de barro como uma profissional.
"Isso é parte de sua educação", Michel diz enquanto orgulhosamente observa a sua filha. "Eles devem saber de onde vêm e também sentir alguma ação."
"Mexam-se!", o guia israelense de repente grita. "Destruam os terroristas*", ordena, e eles atacam, com armas carregadas, em alvos de papelão.
Gush Etzion tornou-se um destino quente nos últimos meses para os turistas que procuram uma experiência em Israel como nenhuma outra: a oportunidade de uma falsa operação de atirar em "terroristas". Os moradores judeus dos assentamentos próximos que cercam o local, oferecem aos turistas a oportunidade de ouvir histórias do campo de batalha, assistir a um assassinato simulado de terroristas pelos guardas e de atirar com armas de fogo no stand de tiro.
Atiradora de cinco anos
Ao entrar no stand, sua filha de cinco anos de idade (imagem ao lado), Tamara, explode em lágrimas. Meia hora depois, ela está segurando uma arma e dispara balas de barro como uma profissional.
"Isso é parte de sua educação", Michel diz enquanto orgulhosamente observa a sua filha. "Eles devem saber de onde vêm e também sentir alguma ação."
* A palavra usada para “terrorista” em hebraico é "Mechabel" (mechablim para terroristas). No discurso israelita este é um sinônimo para palestino.
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