Comparando as políticas e os Preços do Arroz: Governo Bolsonaro vs. Governo Lula

 

O arroz tá caro. Culpa do Lula?

O preço do arroz, um alimento básico na mesa dos brasileiros, tem sido motivo de debates rancorosos nos últimos tempos. A claque bolsonarista da internet tem provocado os defensores do atual governo, com menções à alta no preço do alimento.

Vamos analisar como o valor desse produto básico na mesa do brasileiro se comportou durante os quatro anos de governo Bolsonaro, para mostrar que os bolsominions não tem nenhuma razão. As razões por trás da alta atual do preço desse item têm relação com as políticas neoliberais do governo Bolsonaro.

1. Preço do Arroz no Governo Bolsonaro (2019-2022)

Ano a Ano:

  1. 2019:

  2. 2020:

  3. 2021:

  4. 2022:

    • Os preços continuaram voláteis, refletindo a instabilidade econômica e as políticas adotadas pelo governo.

    • O consumidor enfrentou dificuldades para adquirir o produto a preços acessíveis.

2. Razões para a Alta do Preço do Arroz

As razões para a carestia do arroz incluem:

  1. Oferta e Demanda: Problemas climáticos, como secas e enchentes, afetam a produção de arroz. As chuvas e ciclones no Rio Grande do Sul, o maior produtor de arroz do país, prejudicaram a colheita e atrasaram o plantio da próxima safra.

  2. Os custos nas lavouras aumentaram, especialmente os relacionados aos fertilizantes, e esses custos foram repassados ao consumidor.

  3. Políticas Neoliberais: O governo Bolsonaro adotou medidas alinhadas ao neoliberalismo, como a redução de subsídios e a abertura comercial. Essas políticas tem contribuído para a volatilidade dos preços atuais.

3. Desmonte da Conab no Governo Bolsonaro

Nos 4 anos do governo Bolsonaro, o Brasil enfrentou uma escalada nos preços dos alimentos, afetando diretamente a população. Mas o prologamento das consequências dessa decisão desastrada tem reflexos ainda hoje. As políticas do governo Bolsonaro em relação à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) contribuíram certamente para essa situação, e o atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva, ao contrário, está buscando recuperar a importância desse órgão estatal. Vamos relembrar algumas questões do governo anterior:

  • O governo Bolsonaro atuou diretamente no desmonte da Conab, desestruturando sua política de armazenamento, controle de preços de alimentos e fomento à produção de agricultores familiares.

  • A então ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e outros membros do alto escalão do governo expressaram a intenção de transformar a Conab em uma “Agência de Inteligência Estratégica”.

  • Essa mudança, até hoje pouco esclarecida, parece ter sido voltada para análises econômicas em benefício do agronegócio exportador, relegando a agricultura familiar e outras políticas da Conab a um plano secundário.

  • Desde o início do governo Bolsonaro, a Conab teve 27 armazéns fechados, responsáveis pela distribuição e controle dos alimentos, combate à fome, proteção a pequenos agricultores e atuação em casos de desastres ambientais. Está claro que as consequências destas decisões criminosas contra a segurança alimentar nacional não seriam revertidas em apenas um ano de governo petista.

A estratégia do governo atual para a Conab

Durante os governos anteriores de Lula,  a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) teve forte atuação como estoque regulador de determinado tipo de alimento não perecível, como o arroz, por exemplo. Além disso, outros produtos estratégicos estão no radar do governo para a recriação dos estoques, mas ainda não há previsão para operações de aquisição.  Os preços mínimos desses itens poderão ser elevados na safra 2023/24 para estimular a produção no campo e viabilizar a compra dos alimentos para armazenagem pública, o que só pode ocorrer quando as cotações estão abaixo desses índices.

Ou seja, a alta do preço do arroz, que tem acontecido atualmente, ainda tem relação com as políticas de desabastecimento e favorecimento do setor latifundiário promovido pelo governo Bolsonaro, além de estarmos num período de entressafra e de uma estratégia do atual governo para garantir os estoques nos próximos anos.

Certamente os indícios mostram que o governo Lula está tomando providências a médio prazo para que esse problema não volte a ocorrer no futuro.

A não ser que haja outro golpe...





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