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Mostrando postagens de janeiro, 2018

Como Lula pode virar o jogo contra seus algozes

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  O que está acontecendo no Brasil nos últimos anos não é mais segredo pra ninguém. Setores mais reacionários das classes dominantes, através de seus aparatos políticos-jurídicos, com o apoio de uma classe média histérica e politicamente estupidificada, além da propaganda ideológica veiculada em telejornais de empresas midiáticas com relações promíscuas com o poder, resolveram varrer do cenário o PT e seu legado. Regir ou morrer E os caras não estão para brincadeiras. Desde a reeleição de Dilma em 2014, parece que esses setores perceberam que era a gota dágua. Se Dilma cumprisse o mandato e por ventura o entregasse a Lula numa volta do ex-presidente ao governo federal agora em 2018, o PT poderia completar, no mínimo, 24 anos ininterruptos no poder, mais do que a ditadura militar, por exemplo. Seria fatal para uma oposição aninhada no tucanato do PSDB, que já perdera 4 eleições seguidas para o PT. Por isso, desde 2014 os opositores se tranformaram em golpistas, como seus pais

O discurso hipócrita de José Dirceu quer apagar a colaboração dos governos petistas com a alta burguesia

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A queles membros do Partido dos Trabalhadores que foram expulsos logo após a vitória de Lula no pleito eleitoral de 2002 — muitos dos quais vieram a fundar o PSOL mais tarde — afirmam que José Dirceu foi o grande arquiteto da guinada do PT para o centro da política , abandonando assim compromissos históricos com as bandeiras da esquerda. No poder, Lula, o PT e José Dirceu nos bastidores lançaram mão de práticas que até então criticavam na política dos outros, sendo a mais notória delas o chamado Valerioduto , um esquema de propinas a deputados herdado praticamente intacto do PSDB, que estava na raiz do que os petistas chamavam de " governabilidade ": a necessidade de angariar ( comprar , literalmente) apoio no Congresso para propostas que nem sequer eram das mais progressistas. José Dirceu não lembra que o PT no poder teve chance de fazer tudo o que ele pede agora? Naquela época, Dirceu e o PT, recém-chegados ao poder, acreditavam que seriam recebidos como iguais

Lula, se conseguir se eleger, será refém permanente da ameaça de prisão

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A burguesia nacional sempre odiou Lula, o operário agitador de sindicatos de origem nordestina e que, ainda por cima, sempre associou-se a símbolos caros à esquerda, como a ostentação de barba, bandeiras e estrelas vermelhas. Era demais para esta parcela altamente reacionária e emocionalmente ligada aos Estados Unidos. No entanto, naqueles anos 80, ninguém jamais poderia imaginar que o então chamado sapo barbudo iria ser a carta na manga desta mesma burguesia numa disputa eleitoral anos mais tarde. A política é imprevisível. Nas eleições presidenciais de 2002, depois de oito anos e dois mandatos seguidos do tucano Fernando Henrique Cardoso, a população estava à beira de um ataque de nervos com o governo, em frangalhos depois da política econômica neoliberal que corroeu empregos, salários, bem-estar, e até o fornecimento regular de eletricidade. Estávamos literalmente nas trevas. A burguesia sabia que a população não iria dar mais um mandato para seus representantes político

Brasil, um país preso às correntes do atraso

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S tefan Sweig viveu no Brasil seu último ano de vida, exilado das perseguições aos judeus promovidas por Hitler na sua terra natal, a Alemanha . O pouco que conheceu do nosso país foi o suficiente para que escrevesse um livro e o nomeasse com um título que durante décadas tem sido evocado nas mais diversas circunstâncias: " Brasil, o país do futuro ". Naquela época, um misto de encanto com as belezas naturais, o potencial de um povo mestiço e uma indústria nacional que começava a decolar justificariam a profecia do judeu-alemão. No entanto, quase 80 anos depois do vaticínio otimista, o futuro ainda está distante no horizonte. O Brasil capenga nas suas próprias dificuldades. Nesse período, nações verdadeiramente atrasadas sócio-economicamente, especialmente na Ásia, saíram de uma condição miserável para atingir níveis elevados de IDH, de tecnologia e de indústria, deixando o gigante tupiniquim a ver navios. O Brasil, carente de uma verdadeira elite na acepção da pala

O paradoxo Lula

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J á estava com saudade de poder escrever aqui no blog minhas humildes impressões sobre o cenário político-social deste país, algo que beira à insanidade, em que a razão e ponderação , tão caras a um bom debate, perdem espaço para a polarização das acusações vazias entre esquerda e direita . E no centro dessa peleja, se encontra a figura onipresente do ex-mandatário da nação Luis Inácio Lula da Silva . Muito já foi falado a respeito dos seus dois governos, de suas falhas e de seus méritos, mas pouco sobre seu legado na opinião pública e na política nacional. Lula, com suas contradições, conseguiu a proeza de ser atacado e defendido pelos dois espectros políticos, da direita à esquerda, o que o torna uma figura ímpar no quadro nacional. Pelo lado da direita, as críticas partem com base num misto de preconceito de classe e medos irracionais , como é do feitio dessa vertente ideológica. Preconceito contra os milhões de miseráveis que ascenderam um modesto degrau na escala soc

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