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Mostrando postagens de julho, 2011

R$ 30 milhões para sorteio de bolinhas num jarro de vidro

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Realmente, as autoridades resolveram testar até onde vão as raias de nossa paciência e de nossa letargia, com os sucessivos episódios abusivos envolvendo a Copa do Mundo no Brasil. Desta vez, Prefeitura e Governo do Estado do Rio resolveram bancar com nosso dinheiro a organização do sorteio dos grupos das Eliminatórias na cidade, ao custo de 30 milhões de Reais. Não há limites para a desfaçatez inescrupulosa de nossos políticos.  O pior é que, durante horas, será fechado o espaço aéreo bem ao lado do Aeroporto Santos-Dumont, e centenas de pessoas não sabem se poderão decolar mais tarde, ou se os voos foram transferidos para o Galeão... uma tremenda falta de respeito com o cidadão. Não dá pra culpar a população por ela estar tão songa-monga, enquanto os larápios vão roubando tudo o que podem. Durante décadas ela foi condicionada a ficar colada na frente da TV assistindo a Rede Globo, esta mesmo que apoia e lucra com o evento. A única que vem sistematicamente denunciando toda a fa

Se os tubarões fossem homens

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Não existe analogia mais precisa, verdadeira e abrangente da pobre condição humana sob o domínio da ideologia capitalista, do que a criada pelo escritor e dramaturgo alemão, Bertold Brecht (1898-1956). Nesta nossa sociedade de desigualdades extremas, somos como pequenos peixes vivendo uma vida de ilusão, enquanto somos adestrados pelos grandes tubarões a acreditar no mundo que criaram para nós. Imprensa, igreja, escola... todas as instituições burguesas trabalham para não deixar que enxerguemos a verdadeira realidade a que somos submetidos, trabalhando noite e dia para a manutenção deste sistema que nos faz cair felizes nas goelas dos tubarões. Acompanhe e reflita sobre. Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais gentis com os peixes pequenos. Se os tubarões fossem homens, eles fariam construir resistentes caixas do mar, para os peixes pequenos com todos os tipos de alimentos dentro, tanto vegetais, quanto animais. Eles cuidariam para q

Duas importantes notícias desta semana sobre Educação

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Duas notícias importantes mexeram no mundo da Educação essa semana. A primeira delas diz respeito aos Estados norte-americanos que pretendem erradicar uma tradição secular em nome do progresso e da tecnologia; a outra, uma pesquisa que resgata o reconhecimento ao valor do profissional de ensino.   Primeiro, o e-mail , que viria para acabar com as cartas comuns. Agora, a própria escrita cursiva (feita à mão) é que está na berlinda para ser extinta pela tecnologia digital. Pelo menos nos Estados Unidos. A ideia é que as pessoas deixem de escrever à mão, com lápis e papel, e aprendam a digitar textos com mais eficiência. O primeiro Estado a propor o fim da escrita cursiva foi Indiana, que a tornou opcional por enquanto, mas que deve ser totalmente erradicada nos próximos anos. A medida deve ser seguida por outros 40 Estados, que consideram a forma de escrever à mão ultrapassada. Segundo os defensores da medida, as pessoas hoje mal precisam escrever com lápis e papel. Portanto, seria

Filhos de políticos em escola pública. Você apoia?

Há uma discrepância enorme entre o mundo de luxo e bonança dos políticos e a dura realidade do povo brasileiro. A qualidade da educação dos filhos dos parlamentares em contraste com o péssimo nível da educação nacional é um grande exemplo deste abismo. Mas e se fosse possível acabar com esta situação através de uma simples lei? É o que propõe o senador Cristovam Buarque. Cristovam Buarque é o exemplo perfeito que desmente aquela antiga máxima da crença popular que diz: “político é tudo igual”. Os maus políticos, por sinal, adoram essa ideia e fazem questão de corroborá-la, pois os eleitores abstêm-se, dessa forma, de quaisquer responsabilidades na hora do voto, elegendo qualquer um para os cargos políticos. Afinal “são todos iguais”. Mas não, políticos não são todos iguais. Quando o Senador lançou o Projeto de Lei nº 480 em 2007 que obriga políticos eleitos a matricular seus filhos em escolas públicas até 2014, ele já deixava isso bem claro. A ideia parecia um tanto ousada e por falt

País tem caso mal resolvido com a escravidão

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De toda a lista de fatos da história brasileira dos quais não temos nada do que nos orgulhar, a escravidão aparece, sem dúvida, com grande destaque. Infelizmente, ela não é um fato do passado e sim também do presente, já que ainda persiste no Brasil de várias maneiras, e por isso devemos ficar atentos e apoiar a proposta do Congresso que pretende expropriar terras de quem mantém trabalhadores escravos. Durante três séculos, colonos luso-brasileiros importaram da África a mão de obra para as suas lavouras de cana-de-açúcar, mineração do ouro e colheita do café, enriquecendo grandes traficantes de seres humanos. Fomos o último país do planeta a abolir formalmente a escravidão já no ocaso do século XIX. Mas hoje os tempos mudaram. Mudaram? Ainda temos um problema mal resolvido com nosso passado escravista, problema esse que se reflete hoje em dia nas zonas rurais, onde o trabalho compulsório — eufemismo para “trabalho escravo moderno” — continua acontecendo. O camponês,

O Brasil não é a CBF

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Começou mais uma Copa América, evento de seleções de futebol que este ano tem sede na Argentina. Daqui a pouco, às 16 horas, a seleção do Ricardo Teixeira vai entrar em campo, na estréia contra a Venezuela. Mais uma vez, como sempre, não vou torcer para esta seleção. Por quê? Por uma série de razões. Em primeiro lugar, pelo que a seleção brasileira de futebol se tornou nestas últimas décadas. Deixou de ser um símbolo do melhor futebol do mundo para se tornar um empreendimento particular, presidido pelo corrupto e incompetente Ricardo Teixeira (imagem ao lado). Contratos milionários com fornecedores e patrocinadores fazem a entidade lucrar somas estratosféricas todos os anos, e os clubes, aqueles que gastam na formação dos futuros atletas, não veem a cor do dinheiro. Em segundo lugar, pela falta de identificação com a seleção. Desde que os atletas passaram a emigrar em massa para o futebol de outros centros, perderam a ligação com os seus clubes de origem e com os torcedore

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