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Mostrando postagens de abril, 2021

Perguntas que eu gostaria de fazer a um oficial do exército brasileiro

O s militares brasileiros não poderiam ter escolhido um cenário pior para voltar a participar diretamente da política brasileira, desde o Golpe de 64 . E digo isso independentemente da pandemia cuja participação direta das Forças Armadas foi simplesmente desastrosa.  A imagem dos militares nunca foi de muito prestígio desde o fatídico Golpe, e muito disso é devido ao próprio comportamento da corporação. Suas atuações desde a redemocratização passaram de uma constrangida tutela à distância a uma participação cada vez mais hostil e militante desde que o PT chegou ao poder.  Como funcionários públicos que são, acredito que nos devam algumas explicações sobre alguns fatos que caracterizam essa atuação militar nos últimos anos, respostas que infelizmente jamais obtivemos de forma clara. Se eu pudesse, então faria as seguintes perguntas a algum oficial militar, na esperança de que ele pudesse me esclarecer algumas das dúvidas mais perturbadoras que eu tenho:  Em que se baseia tanta agressivi

Quanto vale a vida no Brasil

Q uanto vale a vida de um escravo? Um escravo é um não-sujeito , um trabalhador compulsório, uma ferramenta que funciona em favor de terceiros, que pode ser trocada, descartada por outra ferramenta .  Até maio de 1888, uma pequena elite de colonizadores se utilizou dessas "ferramentas" para prosperar no Brasil, um mero objeto descartável com uma média de duração de 7 anos, que podia ser substituída no mercado por outra, indefinidamente.  Até que, aos poucos, o sistema econômico mundial foi modificando, a escravidão já não era tão vantajosa assim, de modo que o trabalho assalariado se tornou a forma de trabalho predominante, e hoje, teoricamente , substituiu o trabalho compulsório.  O Brasil teve a sua abolição tardia da escravidão, de maneira que ainda não é possível vencer a força de mais de 300 anos de trabalho escravo na mentalidade das elites neste país, cujas raízes profundas estão nas fundações da nossa sociedade até hoje. A segunda grande iniquidade contra os ex-escrav

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