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Mostrando postagens de abril, 2016

O fantasma do neoliberalismo está de volta entre nós

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N ão faz muito tempo, no final dos anos 80, na esteira da derrocada da União Soviética, o capitalismo mundial se tornou hegemônico e se sentiu livre para aplicar suas receitas econômicas em favor do mercado ao redor do mundo, através do que o economista sul-coreano Ha-Joon Chang chamou de A Trindade Profana : o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial (BIRD) e a Organização Mundial do Comércio (OMC). Essas instituições passaram então a condicionar empréstimos e acordos com os países em desenvolvimento à aplicação obrigatória do receituário que ficaria conhecido como neoliberal : regulação mínima do Estado na esfera econômica; redução da mediação da relação entre trabalho e capital; privatização massiva de empresas estatais; medidas que visam abrir a economia nacional ao mercado internacional, com o fim das tarifas protetoras, entre outras medidas. A América Latina serviu, durante os anos 90, como laboratório dessas medidas. Durante anos, as populações pobres e trabalhador

Vencer o golpe e contra-atacar: Regulação Econômica da Mídia

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N ão é de hoje que as mídias brasileiras estão fazendo um jogo político descarado contra o governo. Pra ser modesto, vamos pegar apenas o período em que a presidenta Dilma vence as eleições com uma pequena margem, em 2014. Desde estão, a principal delas, as Organizações Globo, tornaram-se porta-vozes oficiais da oposição tucana-peemedebista. Sua principal emissora vem reforçando as sandices de quem não aceitou a derrota até agora, para tirar de qualquer maneira a presidenta do poder, como, por exemplo — numa linha cronológica — a recontagem de votos, novas eleições, reprovação das contas, baixa popularidade, cancelamento da legenda, irresponsabilidade fiscal, renúncia, novas eleições novamente e, por fim, esse Impeachment absurdo. Tudo isso com a rede Globo atuando descaradamente como inflamadora dos ânimos, propagadora de protestos, dividindo o país entre bons e maus, elevando figuras duvidosas a status de ídolo nacional, apenas por investigar políticos preferencialmente do PT, c

O que a Lava Jato e os Panama Papers têm em comum

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O novo escândalo internacional envolvendo artistas, esportistas e políticos do mundo inteiro são os documentos vazados da empresa panamenha Mossack Fonseca e publicados no jornal alemão Sueddeutsche Zeitung . Tratam-se de milhões de documentos confidenciais que denunciam a prática preferida dos ricos e poderosos: sonegar bilhões de dólares em impostos em paraísos fiscais através de lavagem de dinheiro. No Brasil, chegamos a 2 anos da  principal investigação de corrupção política dos últimos tempos: a chamada Operação Lava Jato já prendeu empresários e políticos. Mas algumas das atividades desta averiguação policial têm deixado suspeitas na opinião pública. Primeiro pela nítida ilegalidade de algumas das ações, como vazamento seletivo de denúncias, grampo telefônico em escritórios de advogados particulares, em pessoas com foro privilegiado… A nítida impressão que fica é que todas as 24 operações até agora realizadas tiveram como único foco um determinado partido e seus líderes, com

A última dos golpistas: eleições gerais pra presidente e vice

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T entaram de todas as formas implicar a presidente em algum envolvimento nos escândalos da Lava Jato. Nada apareceu de concreto; depois, inventaram que as “pedaladas fiscais” constituíam crime de responsabilidade, tese que foi magistralmente desmoralizada por José Eduardo Cardozo na defesa da presidenta; então passaram a alegar que era preciso ouvir a voz das ruas para derrubar Dilma, como se isso constituísse motivo suficiente para um Impeachment; e por fim, tendo fracassado todas as manobras, a nova tentativa de golpe passa por simples eleições gerais, para presidente e vice, com base sabe-se lá em que novas falácias. Um bloco de nove senadores do PPS, do PSB e da Rede vieram com essa nova ideia descarada, querendo aproveitar as eleições municipais deste ano para realizar nova eleição presidencial na base do tapetão. Bastaria uma emenda constitucional e pronto, que se dane as leis, os mandatos, os votos… O Brasil entraria em paz com um novo presidente e um novo vice. Mas com este m

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