Um novo mundo não-estadunidense no horizonte
Aquela reunião realizada em Fortaleza entre os líderes dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que contou, dias depois, com o apoio de países da América Latina através da UNASUL em Brasília, tem uma representatividade que até agora não se pôde mensurar exatamente. O que parece é que o encontro, que culminou com a criação do Novo Banco de Desenvolvimento, está inserido num contexto mais amplo de um mundo multipolar, sem a tutela econômica da “trindade profana” – FMI, OMC e Banco Mundial – e, por consequência, dos Estados Unidos. O Novo Banco de Desenvolvimento, a princípio, foi criado para uma “rede de proteção” aos países-membros, mas numa perspectiva a longo prazo, certamente rivalizará com os ditames neoliberais do Fundo Monetário Internacional, que representa a linha econômica ortodoxa que começa a incomodar até mesmo os países europeus, vítimas da crise capitalista da qual até hoje mal conseguiram se recuperar. Hoje em dia, os Estados Unidos tremem ante a conc...