Restrições e hipocrisias na Sexta da Paixão
Adeptos de algumas das religiões mais importantes do mundo às vezes divergem em questões totalmente inúteis, a ponto de criarem um cisma doutrinário e se virarem contra suas antigas práticas. Assim é com católicos e protestantes, por exemplo.
Evangélicos costumam criticar os católicos por conta de suas superstições e práticas estranhas, como é o caso dessa Sexta-Feira da Paixão. Tudo bem que certas determinações doutrinárias são estranhas, inúteis ou desnecessárias, mas praticamente todas as religiões tem as suas - e as protestantes certamente estão entre as que mais restringem seus fiéis com suas doutrinas - que passam por cima do juízo pessoal de cada um, como se não fôssemos capazes de saber o que é bom e o que é mau, o que é certo e o que é errado para nós. Mas apesar disso, em vez de uma saudável autocrítica, sempre é mais fácil olhar para o rabo dos outros, não é? Pelo menos alguns evangélicos assim pensam.
Um exemplo desse costume religioso de não olhar para as próprias práticas inúteis e apontar as falhas dos outros ocorre aqui na rua, que ilustra perfeitamente como funciona a hipocrisia de alguns religiosos (não são poucos).
Como se sabe, católicos não comem carne vermelha nessa Sexta Feira Santa, porque não podem – o que os evangélicos consideram mais uma aberração da Igreja de Roma, tal como a iconolatria. Para deixar isso bem claro, uma família de evangélicos resolveu fazer um churrasco bem no meio da calçada, aos olhos de todos, em plena Paixão, para afrontar a doutrina católica e para deixar claro que são livres desse tipo de restrição “equivocada”. Mas o churrasco é sem cerveja, claro, porque cerveja evangélico não pode beber...
Isso é um pequeno exemplo de como as religiões, de fato, impõem restrições desnecessárias em nossas vidas e tiram nossa autonomia de decidir o que podemos e o que não podemos fazer. Mas também um exemplo de como as pessoas só enxergam coisas erradas na fé alheia. Quem não tem religião alguma, como eu, pode beber cerveja, comer churrasco, comer peixe, ou não comer nada a hora que quiser. O único juiz a quem devo obediência é à minha própria consciência. Quem sabe alguém como eu tenha condições morais de apontar o dedo e condenar algumas doutrinas religiosas. Mas imagina se eu seguisse uma religião também cheia de doutrinas restritivas… Como já diz o consagrado ditado: quem tem telhado de vidro não taca pedra na vidraça do vizinho…
não gostei desse texto, ficou sem conteúdo.
ResponderExcluirmas parece um comentário de bar... da esquina.
Tudo bem "Dois minutos de ódio", é seu direito achar o que quiser sobre o texto. Mas seu comentário não acrescentou absolutamente nada ao assunto.
ExcluirMuito contribuiria se apontasse os equívocos do texto, para corrigir supostas falhas e superficialidades e para não parecer também apenas um comentário de bar da esquina.
Grande abraço.