Estátua de bronze de 80 toneladas homenageia o soldado soviético em Rjev

Monumento será inaugurado este ano na Rússia

Uma história pouco conhecida dentre os heroicos combates soviéticos durante a Segunda Guerra Mundial, a Batalha de Rjev, que ceifou a vida de 1,1 milhão de soldados russos, vai ganhar um monumento em sua homenagem.

Uma gigantesca estátua de bronze de 80 toneladas será inaugurada nas margens da rodovia que liga Moscou à Letônia.

A Batalha de Rjev ocorreu na região entre 1942 e 1943, quando o Exército Vermelho partiu para a ofensiva para expulsar os invasores alemães que até então faziam um cerco nas portas de Moscou, conhecido como "moedor de carne de Rjev", tamanho número de mortes de soldados que ocorreu em pouco tempo.

Sem dúvidas, a inauguração de tamanho monumento faz parte da crescente nostalgia que abrange dois terços dos russos com relação à União Soviética.

A queda do socialismo real naquele país se deu de forma abrupta, um movimento de bastidor que não contou com o apoio imediato da população no final do século XX.

O entusiasmo causado pela propaganda ocidental no início do século XXI, com suas promessas de riquezas e prosperidade infinitas proporcionadas pelo mercado livre e pelo capitalismo não se consolidaram, passados 30 anos desde a fundação da Federação Russa. Com isso, as ilusões foram-se esvaindo, dando lugar a um sentimento de perda, de saudade dos tempos em que a União Soviética era a segunda maior potência mundial e não faltava o básico para se viver dignamente.

O que o capitalismo conseguiu na Rússia foi aquilo que ela é mestre em produzir: ampla desigualdade social. Um punhado de bilionários privilegiados dominam amplos setores da economia, enquanto grande parte da população enfrenta a pobreza.

O monumento ao soldado soviético de Rjev traz de volta um pouco de orgulho de um povo que já foi protagonista de sua própria história, dando literalmente a vida em nome de um ideal de vida e de bem-estar para toda humanidade. Ideal este que, desde então, vem sendo sabotado sistematicamente por aqueles que se beneficiam de um capitalismo selvagem, injusto e produtor de misérias.

Que o legado da União Soviética se mantenha vivo e nos inspire a derrotar de uma vez por todas esse sistema desumano em que vivemos.








Comentários

Gostou do blog e quer ajudar?

Você também poderá gostar de:

Comunistas não podem usar iPods ou roupas de marca?

Qual é o termo gentílico mais adequado para quem nasce nos Estados Unidos?

Singapura, exemplo de sucesso neoliberal?

O mito do livre mercado: os casos sul-coreano e japonês

CBF reconhece o título do Flamengo de 1987. Como se isso fosse necessário