Na hora da verdade, católicos e evangélicos esquecem Nossa Senhora e dão as mãos
N este segundo turno eleitoral na cidade do Rio de Janeiro, a religião acabou sendo o centro do debate político. Afinal de contas, um dos candidatos, o que acabou vencendo o pleito, tem forte ligação, inclusive familiar, com uma denominação evangélica de grande influência. Alguns podem ter sido surpreendidos com o fato do bispo “licenciado” da Igreja Universal, Marcelo Crivella , ter sido eleito numa cidade com fortes tradições católicas, tendo em vista a suposta rivalidade entre católicos e protestantes que vem desde a época que Martinho Lutero divulgou suas 95 teses, criando um racha definitivo no seio da cristandade. Além disso, em estudo divulgado pela revista Exame em 2013, a população católica ainda é mais do que o dobro da evangélica (51% a 23%), de modos que tornaria fácil a derrota do “adversário” evangélico. Afinal, existe o receio de que Marcelo Crivella possa usar da máquina do governo para promover ainda mais o crescimento da sua denominação evangélica em detriment...