Relatório da ONU aponta baixa escolaridade no país
Atualizado por Almir Ferreira dia 13/9/2013
A necessidade da próxima presidente Dilma Rousseff investir na melhoria da Educação brasileira fica patente no estudo produzido pela ONU.
A necessidade da próxima presidente Dilma Rousseff investir na melhoria da Educação brasileira fica patente no estudo produzido pela ONU.
Ao completar seu vigésimo aniversário, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das Nações Unidas - que apontou a ligeira subida do Brasil no ranking - sofreu reformulações em sua metodologia. E com elas, um relatório sobre tudo o que foi feito nesses últimos vinte anos pelos países membros para melhorarem suas colocações. O Brasil (73º colocado no ranking deste ano, de um total de 169 países), citado no relatório, ganha elogios em renda e diminuição da desigualdade social; mas em termos de Educação, continua deixando muito a desejar, provando que este deve ser o novo desafio da nova presidente do Brasil para o mandato 2011-2014, Dilma Rousseff.
As duas críticas do relatório chamam a atenção para importantes questões: na primeira, o documento aponta que
“um estudo de atitudes sobre educação entre elites brasileiras durante os anos 90 [década dominada por políticas neoliberais de Collor, Itamar e FHC] mostrou que as elites são frequentemente relutantes em ampliar as oportunidades de educação, pois trabalhadores educados seriam mais difíceis de gerenciar”; a outra crítica mostra que a baixa escolaridade brasileira de amplos setores da população está na raiz da desigualdade brasileira entre ricos e pobres.
A mudança de metodologia do IDH não melhorou a situação do país. Os índices averiguados continuam sendo saúde, educação e renda, mas o quesito relativo à educação sofreu mudanças. Antes se destacava o número de alfabetizados e de matriculados em escolas; agora o índice aponta os anos médios de estudos da população acima dos 25 anos de idade, e "os anos esperados de escolaridade", que avalia a rede de ensino oferecida, número de matrículas e expectativa de permanência da criança na escola.
De acordo com Cinthia Robrigues do IG, o Brasil está mal nos novos parâmetros:
"O Brasil está longe dos melhores índices nos dois critérios. A média de anos de estudo dos brasileiros com mais de 25 anos é de 7,2 anos contra 13,2 nos Estados Unidos, que lidera neste quesito. Para as crianças que estão entrando na escola agora, o Brasil tem a expectativa de que permaneçam estudando por 13,8 anos, enquanto a campeã é a Austrália, onde espera-se que as crianças estudem pelos próximos 20,6 anos".
Uma das promessas de campanha da candidata eleita a presidente Dilma Rousseff, foi destinar os dividendos do pré-sal, em parte, para financiar a melhora da Educação no país. Os dados mostram que a medida é urgente, tendo em vista o crescimento econômico do país, já bem resolvido e sacramentado. Mas se não forem acompanhados de investimentos na formação do ser humano, esses avanços poderão sofrer barreiras e retrocessos, devido a um possível gargalo de falta de gente qualificada. Educação, erradicação do analfabetismo funcional com incentivo e apoio à leitura - e estamos cheios de exemplos disso pelo mundo - são condições sine qua non para o Brasil alcançar o status de país plenamente desenvolvido.
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